Polícia prende suspeitos de golpe eletrônico que desviou R$ 107 milhões de banco

Terceira fase da Operação Porta 34 mirou integrantes do esquema no Maranhão; grupo usava reuniões virtuais para planejar o ataque

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 15:21

Polícia prende suspeitos de golpe eletrônico que desviou R$ 107 milhões de banco
Polícia prende suspeitos de golpe eletrônico que desviou R$ 107 milhões de banco Crédito: Divulgação/PCPA

A Polícia Civil do Pará avançou nas investigações sobre um mega golpe eletrônico que desviou cerca de R$ 107 milhões de uma instituição bancária. Na manhã desta quarta-feira (17), agentes deflagraram a terceira fase da Operação Porta 34, que resultou na prisão de dois suspeitos apontados como integrantes do núcleo operacional do esquema criminoso.

As prisões aconteceram na cidade de Imperatriz, no Maranhão. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Imperatriz e São Luís, com o objetivo de recolher celulares, computadores, documentos e registros financeiros que possam ajudar a esclarecer a participação de outros envolvidos.

Segundo a Polícia Civil, o grupo se organizava principalmente de forma virtual. “Eles se reuniam online para planejar, coordenar e executar o ataque eletrônico ao sistema bancário”, explicou o delegado Yuri Vilanova, diretor em exercício da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).

O ataque aconteceu em julho deste ano e envolveu o acesso ilegal aos sistemas internos do banco, com transferências automáticas feitas em larga escala. A investigação apontou que o esquema contou com ajuda interna. Na primeira fase da operação, a polícia prendeu o gerente da agência bancária, acusado de instalar clandestinamente um dispositivo malicioso na rede do banco, permitindo o acesso remoto dos criminosos.

Já na segunda fase, os investigadores chegaram ao homem que teria recrutado o gerente para participar do golpe. De acordo com a polícia, ele prometeu uma recompensa de R$ 3 milhões pela colaboração no esquema.

As ações desta etapa foram conduzidas pela Dioe e pela Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), com apoio da Polícia Civil do Maranhão. As investigações continuam e seguem sob sigilo para não comprometer novas diligências e possíveis prisões.