Preço do pescado fica mais barato em Belém, aponta Dieese

Maioria das espécies apresentou recuo em setembro, mas algumas ainda acumulam alta no ano e em 12 meses

Publicado em 17 de outubro de 2025 às 11:13

Preço do pescado fica mais barato em Belém, aponta Dieese
Preço do pescado fica mais barato em Belém, aponta Dieese Crédito: Fernando Araújo/Ag. Pará

Pelo quinto mês consecutivo em 2025, os preços do pescado consumido pelos paraenses e comercializado nos mercados municipais de Belém registraram redução. O levantamento conjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon/PMB) mostra que, entre maio e setembro deste ano, a maioria das espécies apresentou queda no valor médio por quilo.

De acordo com o relatório, as maiores reduções em setembro, em relação a agosto, foram registradas na dourada (-14,31%), serra (-13,20%), sarda (-12,69%), gurijuba (-11,82%) e corvina (-11,41%). Outras espécies também ficaram mais baratas, como o tamuatá (-9,01%), arraia (-8,83%), pirapema (-8,68%), filhote (-7,53%), camurim (-7,28%), uritinga (-7,24%) e tambaqui (-7,23%).

Por outro lado, algumas espécies apresentaram aumento nos preços médios no mesmo período. A piramutaba teve a maior alta, de 10,27%, seguida da pescada branca (8,40%), traíra (7,84%) e pratiqueira (3,53%).

Acumulado do ano

Mesmo com a sequência de reduções mensais, os dados apontam que, no acumulado de janeiro a setembro de 2025, a maioria das espécies ainda se mantém mais cara do que no início do ano — com reajustes acima da inflação acumulada, estimada em 3,6% para o período.

As maiores altas foram observadas na traíra (22,55%), mapará (15,57%), piramutaba (13,42%) e pirapema (11,77%). Já entre as espécies que mais baratearam estão o tucunaré (-27,25%), serra (-20,08%), tainha (-18,31%), corvina (-16,20%) e tambaqui (-11,94%).

Comparativo em 12 meses

No comparativo de setembro de 2025 com o mesmo mês do ano passado, a tendência é de preços mais altos para a maioria dos pescados. A inflação acumulada no período é de cerca de 5,1%, mas várias espécies superaram esse índice — como o tucunaré (40,65%), pirapema (31,98%), mapará (24,16%), piramutaba (23,00%) e arraia (22,98%).

A pesquisa destaca que o comportamento dos preços reflete fatores como sazonalidade da pesca, oferta no mercado e condições climáticas que influenciam a captura.

Expectativa para outubro

Para este mês, o Dieese e a Sedcon projetam novos recuos de preços, considerando o aumento da oferta de espécies e melhores condições de captura. As pesquisas conjuntas devem continuar acompanhando a evolução dos valores nos mercados municipais da capital paraense.