Preço do pescado sobe nos mercados municipais de Belém de janeiro a abril de 2025

Segundo o DIEESE/PA, a expectativa para o mês de maio é de uma possível redução nos preços médios do pescado, impulsionada por fatores sazonais e pela oferta no período pós-Semana Santa.

Publicado em 21 de maio de 2025 às 11:52

Segundo o DIEESE/PA, a expectativa para o mês de maio é de uma possível redução nos preços médios do pescado, impulsionada por fatores sazonais e pela oferta no período pós-Semana Santa.
Segundo o DIEESE/PA, a expectativa para o mês de maio é de uma possível redução nos preços médios do pescado, impulsionada por fatores sazonais e pela oferta no período pós-Semana Santa. Crédito: Agência Belém

O preço da maioria dos pescados vendidos nos principais mercados municipais de Belém subiu acima da inflação nos primeiros quatro meses de 2025. A constatação é de uma pesquisa conjunta do DIEESE/PA com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belém (SEDCON/PMB), que analisou a variação de preços em abril, no acumulado do quadrimestre (janeiro a abril) e nos últimos 12 meses.

Alta expressiva em abril

Na comparação entre os meses de março e abril deste ano, alguns tipos de pescado registraram aumentos expressivos. O bagre liderou as altas, com reajuste de 13,92%, seguido pela gurijuba (12,53%), corvina (9,37%), xaréu (7,30%) e dourada (5,08%).

Apesar disso, houve também quedas significativas: o mapará caiu 16,15%, o curimatã, 14,66%, a sarda, 10,86%, a pratiqueira, 6,58%, e a tainha, 2,93%.

Reajustes superam a inflação no quadrimestre

No acumulado entre janeiro e abril de 2025, a maioria dos pescados também apresentou aumento acima da inflação do período, estimada em cerca de 2,5%. O destaque foi o xaréu, com alta de 17,93%, seguido por pratiqueira (16,68%), gurijuba (15,35%), piramutaba (14,11%) e dourada (13,37%). Camurim (12,64%), tainha (10,35%), pescada gó (10,07%), uritinga (9,00%) e pescada amarela (8,32%) também subiram além da média inflacionária.

Na contramão, alguns produtos ficaram mais baratos: o tucunaré teve queda de 33,55%, o peixe serra caiu 12,24% e a pescada branca, 3,20%.

Alta acumulada em 12 meses

Considerando os últimos 12 meses, até abril de 2025, o preço do tucunaré subiu 35,34%, o do cação aumentou 32,45% e o do mapará, 19,99%. Também registraram alta expressiva o surubim (14,21%), o peixe serra (11,18%) e a gurijuba (11,05%).

Por outro lado, algumas espécies apresentaram queda: uritinga (-10,00%) e peixe pedra (-5,85%) foram as principais baixas no comparativo anual.

Expectativa para maio

Segundo o DIEESE/PA, a expectativa para o mês de maio é de uma possível redução nos preços médios do pescado, impulsionada por fatores sazonais e pela oferta no período pós-Semana Santa.