Preços dos ovos recuam em Belém, mas continuam altos no acumulado do ano

Queda chegou a quase 14% em julho, segundo o Dieese/PA, mas reajustes de 2025 ainda superam a inflação

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 16:46

Queda chegou a quase 14% em julho, segundo o Dieese/PA, mas reajustes de 2025 ainda superam a inflação
Preços dos ovos recuam em Belém, mas continuam altos no acumulado do ano Crédito: Luiz Agner/IBGE

Pelo segundo mês seguido, o preço dos ovos de galinha caiu nos supermercados, feiras livres e mercados municipais de Belém. De acordo com levantamento do Dieese/PA, as reduções em julho variaram entre 5% e quase 14%, dependendo do tipo de embalagem e do local de venda.

Apesar da trégua recente, o bolso do consumidor ainda sente o peso dos reajustes acumulados ao longo do ano. Entre janeiro e julho de 2025, alguns formatos de venda registram alta de mais de 14%, e no comparativo dos últimos 12 meses a maioria supera a inflação do período.

Nos supermercados, a dúzia de ovos da marca Top caiu de R$ 15,32 em junho para R$ 13,18 em julho — recuo de 13,97%. Mesmo assim, o produto acumula alta de 11,32% desde janeiro e de 6,55% em relação a julho do ano passado. Já a bandeja com 30 unidades passou de R$ 31,90 para R$ 29,31, queda de 8,12%, mas ainda com aumento de 1,10% no ano e no acumulado de 12 meses.

Nas feiras e mercados municipais, o recuo também foi sentido. A bandeja com 15 ovos caiu de R$ 14,65 para R$ 12,89, redução de 12,01% em julho. No entanto, o preço subiu 14,48% desde janeiro e 12,87% no último ano. Já a bandeja com 30 ovos passou de R$ 26,48 para R$ 25,10, queda de 5,21% no mês, mas ainda com altas de 10,77% no ano e 9,42% em 12 meses.

O Dieese/PA lembra que o ovo é uma das principais fontes de proteína para famílias de baixa renda no Pará e no Brasil. Oscilações nos preços, mesmo que temporárias, afetam diretamente o orçamento e a alimentação dessa parcela da população, que depende do produto como alternativa mais acessível às carnes.