Prefeita de Marituba cancela concurso da Guarda Municipal após investigação apontar fraude

Segundo Patrícia, informações sobre a nova data serão divulgadas nos próximos dias.

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 19:47

Prefeita disse que a ação busca transparência com o povo de Marituba.
Prefeita disse que a ação busca transparência com o povo de Marituba. Crédito: Reprodução/ Instagram Patrícia Alencar / Ag. Pará. 

A prefeita de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, Patricia Alencar, informou nesta quinta-feira (30) que o concurso para novos agentes da Guarda Municipal da cidade foi suspenso.

A decisão da prefeitura foi anunciada após uma investigação conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Pará apontar indícios de tentativa de fraude no certame.

A fraude apontada na investigação, segundo relata a prefeita, consistia na venda de gabaritos das provas que foram aplicadas no dia 20 de julho deste ano.

Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil realizou mais uma fase da operação “Gabarito Final”, com o objetivo de cumprir 40 mandados de busca e apreensão em residências de suspeitos localizadas em Belém e Região Metropolitana. As suspeitas surgiram através de denúncia anônima.

“Será cancelado pois nossa gestão busca transparência, responsabilidade e compromisso com o povo de Marituba. Além disso, somos sensíveis a todos os concurseiros que se preparam o ano inteiro para fazer essa prova, com dedicação, com muito entusiasmo e com um sonho em seu coração”, disse Patrícia, ressaltando que todos os servidores suspeitos no caso, foram afastados.

Segundo a prefeita de Marituba, nos próximos dias, novas informações sobre a nova data e os direitos de quem já realizou a inscrição, serão divulgadas.

Operação Gabarito Final

De acordo com o delegado Joubert Cândido, as investigações começaram a partir de denúncias anônimas. Entre os suspeitos, estão estudantes e agentes da Guarda Municipal do Estado

“A partir das informações recebidas, foi realizado um trabalho de inteligência para verificar a veracidade das informações e, em seguida, instaurado um inquérito policial para iniciar as investigações”, explicou.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos celulares, que serão enviados para a perícia.

Segundo o delegado Mhoab Khayan, da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, os suspeitos utilizavam microaparelhos eletrônicos durante as provas para receber mensagens com o conteúdo das respostas. “Esses dispositivos eram usados de forma discreta, permitindo a comunicação durante o exame e comprometendo a lisura do certame”, explicou.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), da Divisão de Homicídios (DH), da Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), da Superintendência Regional do Baixo Tocantins e da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DENARC).