Produtora de açaí de 57 anos expõe furtos e sofre agressões no Baixo Acará

Produtora de açaí de 57 anos vive rotina de furtos e espancamentos no Baixo Acará, e comunidade faz um pedido de socorro às autoridades.

Publicado em 26 de novembro de 2025 às 12:14

Produtora de açaí de 57 anos expõe furtos e sofre agressões no Baixo Acará
Produtora de açaí de 57 anos expõe furtos e sofre agressões no Baixo Acará Crédito: Reprodução/Redes Sociais

No Baixo Acará, uma produtora de açaí de 57 anos vive uma rotina de medo, violência e abandono. Ela denuncia que vem sendo alvo constante de furtos em seu plantio e, mais recentemente, de agressões físicas, sem que as autoridades policiais judiciárias adotem medidas efetivas para protegê-la.

Segundo relatos, mesmo após várias ocorrências registradas, nada de concreto foi feito. A sensação é de vulnerabilidade total. A vítima, que trabalha para sustentar sua família e movimentar a economia local com a produção de açaí, agora tem medo de continuar exercendo sua atividade.

A situação se agravou quando, de acordo com a denúncia, duas mulheres e um homem conhecido como Waldenir teriam espancado a senhora. O caso revoltou moradores da região, que veem o episódio não apenas como mais um ato de violência, mas como um símbolo do descaso com quem produz e vive do próprio trabalho.

A comunidade afirma que não se trata apenas de furtos de frutos ou prejuízo financeiro, mas de ataques diretos à dignidade e à integridade física dessa mulher. Para muitos, é um pedido de socorro coletivo.

Moradores cobram que a Delegacia da Mulher atue com caráter de urgência, garantindo medidas protetivas e investigando os responsáveis pelas agressões e pelos furtos. O temor é de que, sem uma resposta rápida e concreta, “o pior aconteça”.

O caso expõe uma realidade conhecida em muitas áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia: pequenos produtores ameaçados, violência naturalizada e uma distância enorme entre a população e o sistema de justiça. Quando o poder público falha em garantir o mínimo — o direito de trabalhar e viver sem ser atacado — a sensação é de que o crime está livre para mandar e desmandar.

O drama dessa mulher de 57 anos não é um fato isolado: é um alerta. Enquanto nada é feito, quem sustenta a economia local com o próprio suor segue desprotegido. E uma comunidade inteira assiste, indignada, à violência se repetir.