Roteiro turístico em Belém oferecerá visita à Ilha do Combu; confira

Empresários criaram rota para aumentar permanência do turista no local.

Agência Brasil

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Publicado em 7 de outubro de 2025 às 12:09

Na Ilha do Combu você encontrará comunidades ribeirinhas cheias de histórias e tradições.
Na Ilha do Combu você encontrará comunidades ribeirinhas cheias de histórias e tradições. Crédito: Rafael Medelima / COP30

Com o crescente interesse de turistas pelo estado do Pará, devido à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) na capital Belém, em novembro, empresários da floresta criaram um roteiro pela Ilha do Combu. A nova atração turística será lançada nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro, durante a feira dos agentes de viagem (Expo Abav).

Segundo o coordenador do Comitê de Turismo Sustentável da Ilha do Combu, Mário Carvalho, a rota foi criada com o objetivo de aumentar a permanência do turismo já existente na região, mas que tem uma tendência de duração de algumas horas.

"O produto Rota Combu será oferecido com duração de dois dias e uma noite, ou três dias e duas noites, onde o visitante vai viver um conjunto de experiências, acompanhado por guia de turismo em uma embarcação que vai conduzi-lo a todos os lugares”, explica.

A Ilha do Combu integra o território insular da capital paraense, Belém, e fica a 15 minutos da área continental, por meio de embarcação. Além de ser uma Area de Preservação Ambiental (APA), com ecossistemas preservados, e produção agroflorestal que abastece a região, o local também reúne restaurantes que oferecem o que há de melhor da culinária típica da Região Norte.

Além de dormir na ilha e vivenciar a rotina da população ribeirinha, como a revoada de pássaros ao amanhecer e refeições regionais como o açaí fresco consumido com peixe frito, os visitantes poderão conhecer o manejo sustentável de produtos como o cacau, o açaí e a andiroba, cultivados de forma ancestral no território.

O roteiro foi criado pelos próprios empresários de 14 cadeias produtivas da Ilha do Combu, com a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará).

“Uma rede que foi sendo construída a partir de exemplos que já existiam e houve também uma capacitação para que aqueles que estavam em fase ainda de amadurecimento pudessem preencher os requisitos para estar dentro dessa rota”, lembra Mário Carvalho.

Experiência autêntica

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae Pará, após o processo construtivo da rota, chegou-se a uma experiência autêntica da Amazônia, onde comunidades tradicionais transformam saberes ancestrais em práticas sustentáveis e em empreendimentos inovadores.

“A Amazônia tem grande potencial turístico voltado para a bioeconomia. Nossas ilhas possuem diversos empreendimentos que valorizam a cultura local e a nossa ancestralidade, além de oferecer ao turista uma experiência única”, reforça.

De acordo com Carvalho, além de consolidar a Ilha do Combu como destino para diferentes públicos, alcançando também o mercado internacional e de luxo, a criação de uma rota que inclui a experiência completa também fortalece as diferentes cadeias produtivas, permitindo que os benefícios promovam o desenvolvimento local.

“O turismo é fundamental para encurtar essas cadeias e fazer com que o consumidor não tenha que passar por diferentes elos, que tornaria o produto menos competitivo. A margem que o produtor ia ganhar, com certeza, seria muito menor sem turismo. Então, o turismo acaba sendo uma solução em termos de mercado”, destaca.

Certificação

A rota será ofertada por uma empresa de turismo da Ilha do Combu, pela Internet, na página de divulgação da Rota Combu e será disponibilizada a partir desta sexta-feira (10). Durante o processo de construção do destino, o projeto foi certificado pela organização holandesa Green Destinations, de boas praticas em responsabilidade e sustentabilidade.

“A rota conseguiu a medalha de prata nessa certificação. Então, ela já nasce como um destino certificado, que reúne esse conjunto de práticas verdes reunidas a partir do Comitê de Turismo Sustentável da Ilha do Combu”, conclui Mário Carvalho.