Publicado em 26 de junho de 2024 às 15:12
A Polícia Federal realizou nesta terça-feira, 30, a operação Plenitude, que investiga supostos crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capitais da ordem de R$ 1,7 bilhão. Os alvos ainda não foram divulgados, mas uma fonte revelou ao Portal Roma News que foi feita uma operação de busca e apreensão na casa do presidente da empresa de engenharia Terraplena, Carlos Nascimento. Segundo a fonte, também teriam sido alvos da operação grandes empresários locais.>
Segundo a apuração, a PF foi no apartamento de Carlos Nascimento, no prédio de luxo Edifício Premium, localizado no bairro do Umarizal, em Belém, e também na residência de um diretor da empresa de prenome Ewerton.>
A principal suspeita atua na prestação de serviços de engenharia sanitária e rodoviária. Fundada em 1986 em Belém, a empresa iniciou suas atividades prestando serviços de terraplenagem, posteriormente ampliando suas áreas de atuação, que agora incluem serviços de limpeza urbana, coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos, obras de saneamento, edificações e construção, recuperação e manutenção de sistemas viários e rodoviários.>
'Há cerca de um ano, a Polícia Federal recebeu a comunicação do sistema de prevenção à lavagem de dinheiro, encabeçado pelo COAF, que um grupo empresarial referente à atuação do saneamento básico aqui, do Estado do Pará, tinha movimentações financeiras atípicas entre os anos de 2016 a 2022. Essas movimentações atípicas são referentes a indícios de ocorrência de crime de lavagem de capitais e por isso precisam ser apurados para ver se esse crime está sendo cometido ou não', disse o delegado Roberto Meyer, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no Pará.>
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Mais de 150 Policiais Federais participaram da operação, cumprindo 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços, com 42 alvos. São 33 mandados em Belém, cinco em Benevides, três em Parauapebas, um em Ananindeua; cinco em Santa Maria do Pará e um em São Miguel do Guamá, além de um em Barueri–SP.>
As apurações identificaram a ocorrência de indícios de crimes licitatórios, envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do Estado do Pará e lavagem de capitais, com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além de possível prática de evasão de divisas por meio de Offshore situada em paraíso fiscal.>
Os crimes teriam sido praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas, ligadas ao ramo empresarial de saneamento urbano atuante no Pará e em outras unidades da Federação.>
'Nós conseguimos confirmação, pedimos auxílio ao CGU, que tem uma expertise muito grande nesse sentido, de identificar a verba federal, identificar se há indícios ou não de crimes licitatórios, que são crimes referentes à lavagem de capital. Então a CGU teve um papel importantíssimo nessa seara, de fazer esse rastreamento, atribuição investigativa da Polícia Federal, de identificação e inspecionamentos de licitação e outras fraudes licitatórias', completou o delegado.>
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