Publicado em 7 de junho de 2025 às 18:02
Fiscais de receitas estaduais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), por meio da Coordenação de Controle de Mercadorias em Trânsito do Gurupi, apreenderam, no dia 6 de junho, uma carga de 25 toneladas de polpa de açaí que era transportada em um caminhão refrigerado. O veículo havia saído de Igarapé-Miri (PA) com destino às cidades de Aracaju (SE) e Fortaleza (CE). A mercadoria foi avaliada em R$ 285 mil.>
“Após início de fiscalização e entrega dos documentos fiscais, os servidores encontraram inconsistência nos documentos fiscais. As notas estavam destacando apenas parte dos impostos, e a outra parte estava com alíquota 0%. Então foi feita a verificação física da mercadoria, sendo constatado que toda a carga era de açaí a 14%, e não a 12%, como informado na nota fiscal. Os documentos fiscais foram desconsiderados e foi cobrado o imposto devido ao Estado”, informou o coordenador da unidade fazendária, Gustavo Bozola.>
Foi lavrado um Termo de Apreensão e Depósito (TAD) no valor de R$ 61.560,00. O valor foi pago e a carga liberada.>
Aguardente com destino a Roraima>
No dia anterior, 5 de junho, na Coordenação de Controle de Mercadorias em Trânsito de Serra do Cachimbo — localizada no km 785 da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), no município de Novo Progresso, sudoeste paraense — foram apreendidas 76.800 garrafas de 500 ml de aguardente. A carga saiu de Anápolis (GO) com destino a uma empresa localizada em Bonfim (RR), e foi avaliada em R$ 162.392,22.>
“Na análise dos documentos apresentados, a equipe constatou que a empresa destinatária, em Roraima, havia sido recentemente constituída. A Secretaria da Fazenda contatou a secretaria daquele município para buscar informações sobre a empresa. A Sefaz/RR suspendeu a referida empresa por simulação e fraude”, contou o coordenador da unidade, Maycon Freitas.>
O diretor de Fiscalização da Sefa, Paulo Veras, explicou que a criação de empresas de fachada é uma prática comum para driblar o Fisco, especialmente no setor de bebidas, que possui alta carga tributária.>
“Por isso há a necessidade de análise detalhada dos documentos apresentados nas operações de trânsito, bem como investigar informações nos sistemas, o que é feito muitas vezes em parceria entre os fiscos estaduais, fortalecendo o trabalho com os estados fronteiriços”, destacou.>
A operação resultou na lavratura de um Termo de Apreensão e Depósito (TAD) no valor de R$ 110.641,72, referentes ao imposto e à multa aplicados.>
Fiscalização fluvial no Rio Amazonas>
No mesmo dia 6 de junho, outra ação da Sefa — desta vez realizada pela Coordenação de Controle de Mercadorias em Trânsito do Tapajós, no Baixo Amazonas — apreendeu diversas mercadorias transportadas sem nota fiscal durante uma operação de fiscalização fluvial no Rio Amazonas, na altura do município de Juruti (PA).>
Entre os itens retidos estavam: 500 botijões de gás de cozinha, 600 m³ de brita com destino a Parintins (AM), 1.812 litros de amaciantes e desinfetantes que haviam saído de Manaus (AM) com destino a Juruti, e 11.079 unidades de refrigerantes de dois litros, também com origem em Manaus e destino final em Juruti. O valor total das mercadorias foi estimado em R$ 98.494,77.>
“A fiscalização foi realizada com o apoio de policiais militares, realizando abordagens em embarcações com origem no estado do Amazonas e destino ao estado do Pará e, também, em saída do estado do Pará com destino àquele estado”, relatou o coordenador Roberto Mota.>
Ao final da operação, foram lavrados cinco Termos de Apreensão e Depósito (TADs), totalizando R$ 38.750,61, referentes a impostos e multas.>