Trio é preso em Minas Gerais por golpe de mais de R$ 30 mil em mulher no Pará

O trio vai responder pelos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Publicado em 2 de outubro de 2025 às 11:47

Trio é preso em Minas Gerais por golpe de mais de R$ 30 mil em mulher no Pará.
Trio é preso em Minas Gerais por golpe de mais de R$ 30 mil em mulher no Pará. Crédito: Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (1) a Polícia Civil do Estado do Pará, por meio de equipes da 10ª Seccional Urbana da Pedreira, com apoio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, da Polícia Civil de Minas Gerais, e apoio em tempo real do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), deflagrou a “Operação Falsa Central". 

O objetivo foi cumprir mandados de prisão em desfavor de três homens pela prática dos crimes de estelionato qualificado pelo uso de meios eletrônicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O crime foi cometido contra uma mulher, em junho de 2024.

Entenda o caso

A mulher foi vítima do golpe conhecido como "falsa central de atendimento", em que a pessoa recebe uma ligação telefônica de um numeral espelhado ao da central de atendimento da agência bancária.

Durante a ligação, segundo a vítima, uma interlocutora se passou por funcionária do setor antifraudes da instituição e informou que o cartão dela havia sido supostamente clonado e, em razão disso, a vítima precisava fornecer seus dados e entregar o cartão magnético a um suposto policial civil para ser periciado. A vítima entregou o cartão e, assim que o homem tomou posse, efetuou diversas transações bancárias que totalizaram um prejuízo de R$ 30.250,00.

A delegada Maria Letícia, que coordenou e presidiu as investigações, detalha que, para cometer os crimes, os suspeitos se dividiam. "Após um ano de investigação, identificou-se a existência de uma complexa associação criminosa dividida em três núcleos: 'aliciamento', que fazia ligação telefônica e convencimento da vítima; 'execução', que realizava a retirada do cartão e realização das compras; e 'financeiro', responsável pela lavagem dos valores e fracionamento entre os membros. Isso revela o grau de especialização e permanência do grupo”, pontuou a delegada.

As equipes chegaram até os envolvidos por meio de análise de quebra de sigilo bancário, com auxílio do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LABLD). Foi identificado que o núcleo financeiro era composto por três homens, com um deles possuindo mais de 18 passagens pela Polícia Civil por crimes envolvendo fraudes e outros crimes contra o patrimônio e três passagens pela Polícia Federal - por moeda falsa, duas vezes, e falsa identidade. Segundo as diligências, ele seria o provável articulador de toda a trama criminosa.

“Após a reunião de todos os elementos de prova, foi representada pela prisão preventiva dos indivíduos e, após o deferimento, foi realizado um levantamento dos alvos com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP). Foi viabilizado junto à Diretoria de Polícia Metropolitana e Delegado-Geral o deslocamento de uma equipe da 10ª Seccional Urbana da Pedreira para dar cumprimento dos mandados, o que foi possível também com o apoio das equipes policiais do Departamento de Combate à Corrupção e Fraudes da Polícia Civil de Minas Gerais”, explicou o delegado Pery Netto, titular da Seccional da Pedreira.

Após a realização das formalidades legais, os suspeitos encontram-se à disposição da Justiça e as investigações continuam para identificar os componentes do núcleo de aliciamento e núcleo de execução do crime.