Publicado em 23 de junho de 2025 às 15:53
O tradicional “verão amazônico” já começou no Pará, trazendo com ele não apenas os dias de forte calor, mas também impactos significativos na economia doméstica dos paraenses. Com a intensificação das temperaturas, cresce a procura por balneários, praias e igarapés, além da busca por bebidas geladas e frutas refrescantes. No entanto, este período de lazer e necessidade de hidratação também chega com um alerta: os preços dos produtos mais consumidos durante o veraneio estão mais altos em 2025.
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Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), os aumentos nos preços das bebidas — como água mineral, refrigerantes e água de coco —, além de frutas típicas da estação, chegaram a ultrapassar 40% em relação ao mesmo período de 2024. A variação supera com folga a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 5,3%.>
Água mineral e refrigerante mais caros>
Mesmo em uma região abundante em recursos hídricos, o paraense ainda paga caro por um copo de água mineral. Nos supermercados da Grande Belém, os preços da unidade de 200 ml variam de R$ 1,09 a R$ 1,19. Já a garrafa de 500 ml pode chegar a R$ 2,17, e a de 1,5 litro, a R$ 3,49. O consumo fora de casa pesa ainda mais: em bares, restaurantes e com ambulantes, os valores são ainda mais elevados.>
Para os amantes de refrigerantes, a lata de 350 ml custa entre R$ 2,42 e R$ 3,59. E quem prefere cerveja vai desembolsar de R$ 3,06 a R$ 5,99 pela mesma quantidade. Já a popular água de coco — queridinha das praças e feiras — pode ultrapassar os R$ 10 em alguns pontos de venda na capital paraense.>
Frutas também sofreram reajustes expressivos>
Além das bebidas, frutas bastante consumidas durante o verão também apresentaram altas acentuadas. A melancia, por exemplo, ficou 49,17% mais cara, passando de R$ 4,21 para R$ 6,28 o quilo. O abacaxi subiu 44,02%, e o abacate, 34,78%. Já o limão teve aumento de 32,20%.>
Entre as frutas com menor impacto nos preços, estão a banana prata (1,49%) e a laranja pera (5,81%). Algumas poucas registraram queda: manga rosa (-19,05%) e melão amarelo (-20,41%).>
Consumo consciente e hidratação continuam sendo prioridade>
Com a chegada do calor intenso, a recomendação das autoridades de saúde é manter o corpo hidratado e preferir alimentos leves e naturais, mesmo com os preços em alta. Especialistas alertam que, apesar dos custos, negligenciar o consumo adequado de água e frutas pode gerar problemas como insolação, desidratação e queda de pressão.>
O DIEESE/PA também destaca que o comércio de bebidas neste período é fonte de sustento para muitas famílias, especialmente aquelas que atuam como ambulantes nas praias e balneários do estado.>
Planejamento é essencial>
Com os preços nas alturas, a dica é pesquisar antes de comprar e, se possível, levar de casa garrafas d’água ou frutas compradas em feiras livres, onde os preços tendem a ser mais acessíveis. O verão amazônico está só começando, e o bom planejamento pode ajudar os paraenses a aproveitarem a estação mais quente do ano sem comprometer o orçamento.>