Vídeo: PF investiga quadrilha acusada de furto de cargas dos Correios no Pará

Extravio de encomendas causou prejuízo superior a R$ 35 milhões nos últimos cinco anos

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 10:24

PF deflagra operação VAR na manhã desta terça-feira, 18, no nordeste do Pará - 
PF deflagra operação VAR na manhã desta terça-feira, 18, no nordeste do Pará -  Crédito: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18), a operação VAR, que desarticulou uma organização criminosa especializada em furtos de cargas e encomendas. Os crimes eram cometidos contra as Agências dos Correios, que apoiou a ação por meio dos Setores de Segurança e Inteligência Coorporativa no Pará e em Brasília. A operação VAR contou ainda com o apoio da Polícia Militar de São Paulo.

Ao todo, são cumpridos 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão nos municípios paraenses de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão.

Os prejuízos aos cofres públicos, pagos a título de indenizações, desde 2019, superam R$ 35 milhões.

Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que receptavam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores, que se encontravam em conta dos investigados, com origem delitos praticados.

Dentre os alvos de prisão, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, em Linhas de Transporte Nacional com rotas entre São Paulo (SP) e Belém (PA) e São Paulo (SP) e Marabá (PA).

Com o tempo, os investigados se aperfeiçoaram em burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, para esconder sua participação nos crimes.

As ações de furto visavam, principalmente, eletrônicos de maior valor agregado, como celulares, notebooks, tablets e TVs.

As investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição destes itens, razão pela qual também foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, além de procedida a suspensão das atividades comerciais destes estabelecimentos e efetuada a prisão preventiva de seus proprietários. Um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas pelos correios e hoje teve duas de suas lojas, com suspeita de serem usadas também em receptação, fechadas pela PF.

O nome da operação, VAR (Video Assistant Referee, o árbitro de vídeo), surgiu a partir do vocabulário usado pelos envolvidos no esquema de furto, que costumavam se referir ao crime usando termos do futebol.

Até agora foram apreendidos veículos, celulares, TVs, Apple watches, um drone, e outros eletrônicos, dinheiro em espécie, armas, em quantidade ainda não contabilizada.