Vídeo: Polícia Federal intensifica combate ao garimpo ilegal no Pará

Ação estratégica reforça proteção ambiental em áreas sensíveis da Amazônia.

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 08:58

A Polícia Federal deflagrou a Operação Olho do Céu, visando desarticular atividades de garimpo ilegal.
A Polícia Federal deflagrou a Operação Olho do Céu, visando desarticular atividades de garimpo ilegal. Crédito: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, entre os dias 19 e 23 de outubro, a Operação Olho do Céu, visando desarticular atividades de garimpo ilegal nas regiões de Altamira e Rurópolis, no sudoeste do Pará.

Durante a ação, foram identificados diversos pontos de exploração mineral irregular, alguns situados dentro de Florestas Nacionais e outros no interior das Terras Indígenas Kuruaya e Trincheira-Bacajá, áreas de proteção integral e de uso restrito.

Na operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além da execução de medidas judiciais em áreas de garimpo ilegal. Diante da impossibilidade de remoção, foram inutilizados 20 motores de drenagem, 2 esteiras, 3 tratores pá-carregadeira, 1 motocicleta e 1 balsa de extração mineral. O prejuízo estimado aos responsáveis ultrapassa R$ 3,1 milhões, causando impacto relevante na estrutura financeira dos grupos criminosos e na capacidade de retomada das atividades ilícitas.

O garimpo ilegal na região gera severos impactos ambientais, como desmatamento, contaminação por mercúrio e prejuízos diretos às populações indígenas e ribeirinhas. As ações reforçam o compromisso da PF com a proteção ambiental e ocorrem em um momento estratégico, às vésperas da COP30, colocando o Pará no foco das discussões internacionais sobre clima e Amazônia.

A atuação da Polícia Federal também cumpre a ADPF 709 do STF, que estabelece medidas de proteção aos povos indígenas, incluindo o enfrentamento da mineração ilegal em Terras Indígenas. A Delegacia de Altamira é reconhecida como unidade de referência, segundo as diretrizes da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (DAMAZ) para o combate aos crimes ambientais. Essa estrutura reforça a proteção ambiental e do patrimônio público por meio de ações integradas e permanentes na região amazônica.