Vídeo: protesto fecha Almirante Barroso e deixa trânsito parado no sentido São Brás, em Belém

Pessoas com faixas e equipamentos sonoros ocupam todas as faixas da via e uma fila quilométrica de veículos se formou na avenida.

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Silmara Lima

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Publicado em 25 de setembro de 2025 às 12:14

Um protesto fechou o trânsito na Avenida Almirante Barroso, na manhã desta quinta-feira (25). 
Um protesto fechou o trânsito na Avenida Almirante Barroso, na manhã desta quinta-feira (25).  Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Um protesto fechou o trânsito na Avenida Almirante Barroso, esquina com a Dr. Freitas, sentido São Brás, na manhã desta quinta-feira (25). Pessoas com faixas e equipamentos sonoros ocupam todas as faixas da via e uma fila quilométrica de veículos se formou, causando congestionamento na área.

O protesto é realizado por moradores dos municípios do Acará e Bujaru em repúdio ao projeto de instalação do Lixão da Região Metropolitana de Belém nas proximidades do Rio Guamá. O movimento denuncia irregularidades no projeto e reúne representantes de todos os territórios impactados, incluindo 17 comunidades quilombolas.

O aplicativo de trânsito mostra que o tráfego de veículos está interditado nos trechos entre as avenidas Júlio Cesar e Doutor Freitas. Ainda segundo o aplicativo, há uma interdição na Avenida Brigadeiro Protásio, que seria uma via alternativa. Confira:

Mais de 30 comunidades tradicionais estão sob ameaça com a possível instalação de um aterro sanitário na região, segundo o Movimento Lixão Aqui Não, criado em 2017 após os primeiros rumores sobre o empreendimento, e consolidado em 2019 com a articulação conjunta entre os dois municípios.

Em nota, A Revita Engenharia S.A. responsável pelo projeto da Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Bujaru afirmou que é contrária aos lixões, a empresa disse que segue rigorosamente o licenciamento ambiental, acompanhado pela SEMAS, conforme a lei.O projeto oferece uma solução moderna e segura para destinação de resíduos da Região Metropolitana de Belém e contribui para o fechamento dos lixões a céu aberto, que geram graves problemas socioambientais.

A empresa mantém diálogo contínuo com comunidades, instituições e órgãos públicos.Reuniões periódicas têm sido realizadas para licenciar a Central de Tratamento de Resíduos Bujaru.