Vídeo: vazamento de óleo atinge mais de 10 km do rio Caeté e ameaça reserva ambiental, no Pará

O incidente ocorreu após o tombamento de uma embarcação pesqueira atracada em um porto particular da cidade.

Publicado em 7 de maio de 2025 às 13:20

Um vazamento de óleo diesel atingiu o rio Caeté, em Bragança.
Um vazamento de óleo diesel atingiu o rio Caeté, em Bragança. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Um vazamento de óleo diesel no rio Caeté, em Bragança, no nordeste paraense, na tarde desta segunda-feira (05), preocupa autoridades ambientais e comunidades ribeirinhas. O incidente ocorreu após o tombamento de uma embarcação pesqueira atracada em um porto particular da cidade. O barco estava sendo preparado para pesca em alto-mar e já havia recebido 20 mil litros de diesel no tanque.

Nesta terça-feira (06), técnicos confirmaram a presença de uma mancha de óleo com mais de 10 quilômetros de extensão no rio Caeté, que deságua no Oceano Atlântico. Ainda não há informações sobre a quantidade exata do combustível que vazou.

Segundo informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), uma equipe técnica foi enviada ao local para vistoriar a área, apurar as causas do acidente e adotar as medidas legais cabíveis contra os responsáveis pela embarcação. Uma contenção emergencial foi instalada para tentar reduzir a dispersão do óleo.

Diante da gravidade do vazamento, um gabinete de crise foi criado com participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bragança, Governo do Estado, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Entre as medidas em avaliação estão a contratação de uma empresa especializada para contenção da mancha e reflutuação da embarcação, que está parcialmente submersa. A definição da empresa está prevista para esta quarta-feira (08).

Equipes do gabinete de crise também devem visitar comunidades ribeirinhas ao longo da margem do rio para avaliar eventuais impactos sociais e ambientais. A preocupação central é que o óleo alcance a reserva, o que causaria danos significativos ao ecossistema local.

Bragança é uma cidade historicamente ligada à pesca, e o rio Caeté é um dos principais eixos ecológicos e econômicos da região. A reserva extrativista marinha Caeté-Taperaçu, com cerca de 42 mil hectares — metade deles cobertos por manguezais —, pode ser diretamente afetada pela contaminação.