Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 11:58
A apresentação da banda Virtudão terminou em tensão e medo na noite desta segunda-feira (9), no mercado de São Brás, em Belém. A vocalista Leticia Moura relatou ter vivido um dos episódios mais assustadores de sua carreira após um homem armado ameaçar a equipe durante o show.>
Segundo Leticia, a banda já se preparava para encerrar a apresentação quando um homem visivelmente embriagado exigiu a execução de uma música específica. Como o grupo já estava finalizando a sequência prevista, não conseguiu atender ao pedido. Irritado, o homem levantou a camisa e mostrou uma arma para um dos músicos, dizendo: “Toca essa que eu tô pedindo.”>
A cantora afirmou que o clima no evento era positivo até o momento da ameaça, e que a banda havia inclusive decidido retornar ao palco para fazer um “extra”, atendendo ao público que pedia músicas como “Inda do Remo” e sambas populares. No entanto, diante da agressividade do homem, a situação mudou completamente.>
Leticia relata que, ao perceber o que estava acontecendo, decidiu interromper o show imediatamente “Falei: ‘Não, Everton, vamos parar. Eu até volto para cantar, mas sob ameaça não. Ninguém vai me fazer cantar sob ameaça.” contou ela>
A vocalista destacou ainda que esse não foi o primeiro episódio de violência que enfrentou durante o trabalho. Ela relembrou que já teve o cabelo puxado por um homem em Castanhal durante um evento particular e escapou de ser agredida fisicamente. Para ela, episódios assim expõem artistas e equipes a riscos graves. “A gente sai para tocar, mas não é para tocar por cerveja ou diversão. A gente vive disso. Eu vivo disso e mais 12 pessoas da minha banda também. É muito triste sair de casa para trabalhar e passar por algo assim.”>
Após o pedido da cantora, os organizadores do evento tentaram retirar o agressor do local. Mesmo assim, Leticia decidiu não retornar ao palco, afirmando que não cantaria novamente naquela noite, independentemente da permanência do homem no ambiente.>
A artista reforçou a necessidade de respeito e limites, especialmente em espaços onde o público tem fácil acesso aos músicos. “Quem tá armado ou não precisa entender que existe um limite. Eu tenho uma filha, tenho outro emprego, mas amo o que faço. Saio de casa com prazer, mas insegurança assim não dá.”>
O Roma News solicitou um posicionamento da Prefeitura de Belém a respeito da segurança no local. Até o momento não fomos respondidos.>