Publicado em 8 de outubro de 2025 às 23:46
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Após oito meses de trabalho na criação, a estilista Letícia Nassar, responsável pelo manto da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, falou ao Roma News sobre o processo intenso e espiritual que envolveu a confecção da peça que será apresentada nesta quinta-feira (9), em Belém. É a terceira vez que ela assina o traje mais simbólico do Círio de Nazaré, e, segundo Letícia, este é o trabalho “mais bonito e desafiador” de sua carreira.>
“Nunca teve um manto igual. É o trabalho mais bonito que já fiz. Cada detalhe foi testado, desfeito e refeito até chegar à perfeição. Não existe improviso no manto”, contou a estilista.>
O novo manto, que começou a ser desenvolvido ainda no início do ano, envolveu duas mãos de bordadores profissionais e uma pequena equipe dedicada, que trabalhava até altas horas. Letícia criou técnicas exclusivas, mesclando bordado dourado, pintura em pedraria e efeitos em 3D, tudo para alcançar o impacto visual e simbólico que ela desejava.>
Mesmo sem revelar muitos detalhes para não quebrar o suspense, Letícia deixou claro que o manto de 2025 foi pensado para emocionar e provocar reflexão.>
“À primeira vista, ele vai parecer clássico e acolhedor. Mas, em algum momento, algum elemento vai tocar o coração das pessoas. Esse manto é pura potência”, adiantou.>
Inspirada pelo tema do Círio deste ano, Letícia explicou que a mensagem central do manto é um convite à contemplação da criação divina e ao papel humano de guardião da natureza.>
“Deus criou tudo isso para nós. E foi o ‘sim’ de uma mulher, Maria, que mudou tudo. Eu queria que o manto fizesse o povo lembrar disso: do amor que serve e transforma.”>
Para a estilista, cada ponto bordado é um ato de fé. “Não existe vaidade no manto. A gente serve no amor. Quando ele é colocado na imagem e sai às ruas, já não é mais nosso. É dela, é do povo.”>
O manto de Nossa Senhora de Nazaré 2025 será apresentado oficialmente nesta quinta-feira (9), na Basílica de Nazaré, em Belém, e deve marcar mais um capítulo emocionante da devoção que move o coração dos paraenses.>