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Publicado em 5 de agosto de 2025 às 17:16
Em 2014, uma espécie de lagartixa de origem asiática foi descoberta ocorrendo aqui no Brasil. Detalhe: é uma espécie que se reproduz sem a presença de machos. A população é composta apenas por fêmeas, que se reproduzem por um processo conhecido como partenogênese, resultando em filhotes que são clones das mães. É isso mesmo que você leu: elas realmente não precisam de macho nenhum.>
Mas falando sério agora, isso explica a facilidade que elas têm para colonizar diversos locais pelo mundo. De ilhas a continentes, elas continuam invadindo novas regiões, incluindo sua chegada relativamente recente à América do Sul, em países como Colômbia, Venezuela e Brasil. Claro que isso também se deve ao vai e vem do transporte terrestre e hidroviário, onde elas acabam pegando uma carona.>
Pois bem, os pesquisadores do Museu Goeldi, na época (2014), descobriram a famigerada osga em seu prédio em Belém-PA, perto de plantas e registraram a primeira ocorrência dela no Brasil através de um artigo. Desde então, a lagartixa da espécie (Lepidodactylus lugubris)
Agora, pela primeira vez, um estudo documentou no Brasil o comportamento dessa lagartixa se alimentando de néctar em ambientes urbanos. Até onde se sabe, este é o registro mais bem documentado visualmente, com fotos e vídeo. A interação com plantas e o possível papel na polinização também foram itens discutidos no artigo. Além disso, o estudo descreve que a lagartixa aprecia restos de alimentos no lixo, como casca de ovos e até cerveja! Pena que não foi possível registrar os momentos boêmios dessa danada.>
No fim das contas, quem imaginaria que uma lagartixa fã de néctar, lixo e cerveja renderia tanto assunto, hein? Confira o vídeo abaixo!>