Publicado em 24 de novembro de 2025 às 11:35
A arrecadação federal voltou a registrar avanço significativo em 2025, puxada especialmente pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que movimentou R$ 68 bilhões entre janeiro e outubro. O volume representa um salto de 17,78% em comparação ao período homólogo e reforça o ritmo de crescimento da receita pública, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (24), pela Receita Federal.>
O desempenho de outubro chamou ainda mais atenção: foram R$ 8,1 bilhões recolhidos apenas com IOF, aumento de 38,8% em relação ao mesmo mês de 2024. A diferença, cerca de R$ 2,2 bilhões, tem peso direto sobre o caixa da União e reacende o debate sobre a política tributária do governo.>
O imposto esteve no centro de um embate recente entre Planalto e Congresso. Um decreto que ampliava a taxação foi publicado e, poucas horas depois, parcialmente revogado diante da forte reação de parlamentares e do setor produtivo. Mesmo com o recuo, o comportamento da arrecadação mostra que a receita vinha ganhando impulso já antes da polêmica.>
Arrecadação geral atinge R$ 2,2 trilhões no ano>
Além do IOF, o conjunto de tributos federais, contribuições e demais receitas também registrou crescimento expressivo. Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação somou R$ 261,9 bilhões em outubro, um dos melhores resultados mensais já registrados.>
Com isso, o acumulado de 2025 chegou a R$ 2,2 trilhões até outubro. De acordo com a Receita Federal, esse é o melhor desempenho arrecadatório desde o ano 2000, tanto para o mês de outubro quanto para o acumulado anual até o período.>
Mês a mês, arrecadação mantém trajetória de alta>
Veja como evoluíram as receitas federais ao longo de 2025:>
• Janeiro: R$ 301,2 bilhões>
• Fevereiro: R$ 202,4 bilhões>
• Março: R$ 209,7 bilhões>
• Abril: R$ 247,7 bilhões>
• Maio: R$ 230 bilhões>
• Junho: R$ 234,6 bilhões>
• Julho: R$ 254,2 bilhões>
• Agosto: R$ 208,7 bilhões>
• Setembro: R$ 216,7 bilhões>
• Outubro: R$ 261,9 bilhões>
Apesar das disputas políticas envolvendo o IOF, os números indicam que a atividade econômica e o fortalecimento de mecanismos de fiscalização ajudaram a sustentar a alta da arrecadação ao longo do ano, consolidando um cenário que não se repetia há 25 anos.>