Publicado em 6 de maio de 2025 às 14:29
O Brasil avançou cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), alcançando a 84ª colocação entre 193 países avaliados com dados de 2023. O país obteve um IDH de 0,786, classificado como de alto desenvolvimento humano.>
Esse progresso foi impulsionado por melhorias na renda nacional bruta per capita, que passou de US$ 17.594 em 2022 para US$ 18.011 em 2023, e na expectativa de vida, que voltou a crescer após os impactos da pandemia de COVID-19. No entanto, o relatório aponta estagnação nos indicadores de educação, com o tempo médio de estudo da população brasileira permanecendo abaixo da média dos países com IDH alto.>
Apesar do avanço, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos. Quando ajustado para refletir a desigualdade social, o IDH do país cai para 0,594, posicionando-o na 105ª colocação global e reclassificando-o como de desenvolvimento médio. Esse ajuste destaca as disparidades internas que afetam o progresso equitativo.>
Na América Latina, o Brasil está atrás de países como Chile (45º), Argentina (47º) e Uruguai (48º), mas à frente de Paraguai (99º) e Bolívia (108º). A média do IDH na região subiu de 0,778 em 2022 para 0,783 em 2023.>
Globalmente, a Islândia lidera o ranking com um IDH de 0,972, seguida por Noruega e Suíça, ambas com 0,970. O Sudão do Sul ocupa a última posição, com um IDH de 0,388. O IDH médio mundial foi registrado em 0,756, representando um aumento de 0,53% em relação ao ano anterior.>
O relatório deste ano também destaca a importância da inteligência artificial como ferramenta para impulsionar o desenvolvimento humano. Achim Steiner, administrador do Pnud, enfatizou a necessidade de cooperação internacional para garantir que a IA beneficie todas as nações, especialmente as mais pobres, promovendo um progresso equitativo e sustentável.>
Embora o Brasil tenha mostrado avanços no IDH, os desafios persistentes em educação e desigualdade social indicam que há um caminho significativo a percorrer para alcançar um desenvolvimento humano mais equilibrado e inclusivo.>