Corte de R$ 31 bilhões atinge Farmácia Popular, INSS e combate ao tráfico; entenda

Após anunciar o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no fim de maio, o governo federal divulgou nesta quarta-feira (12),  o detalhamento de onde exatamente o corte será aplicado. O corte vai atingir áreas sensíveis como saúde, previdência, assistência social e até o combate ao tráfico de drogas.

A medida faz parte da tentativa do Executivo de equilibrar as contas públicas em 2025. No último dia 30, o governo já havia informado quanto cada ministério teria que contribuir para atingir a meta de economia. Agora, revelou quais programas e ações serão afetados dentro de cada pasta.

Os maiores cortes por ministério

• Ministério das Cidades: R$ 4,28 bilhões

• Ministério da Defesa: R$ 2,59 bilhões

• Ministério da Saúde: R$ 2,36 bilhões

• Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 2,12 bilhões

• Ministério dos Transportes: R$ 1,48 bilhão

Saúde e Farmácia Popular na mira

Com um dos maiores orçamentos da Esplanada, o Ministério da Saúde terá que enxugar R$ 2,36 bilhões. O corte mais expressivo dentro da pasta recai sobre o programa Farmácia Popular, que perderá R$ 226,8 milhões. Outras áreas também sofrerão com a tesoura: a educação bucal terá R$ 194 milhões a menos, e os serviços de atendimento ambulatorial, R$ 183 milhões.

Ciência e tecnologia também sofrem

No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o corte total será de R$ 679,9 milhões. A principal perda será nos programas de formação e capacitação para o desenvolvimento científico, que perderão R$ 435 milhões.

Previdência e INSS impactados

Já o Ministério da Previdência Social terá uma redução de R$ 586,4 milhões. A maior parte do valor será retirada do INSS, que perderá R$ 536,7 milhões — sendo R$ 426,6 milhões do atendimento ao público e R$ 110 milhões de serviços de processamento de dados.

Segurança: combate ao tráfico e emissão de passaportes afetados

O Ministério da Justiça e Segurança Pública terá que cortar R$ 748,5 milhões. Dentro da pasta, R$ 132 milhões sairão da manutenção da emissão de passaportes e controle de estrangeiros. Já o programa de combate ao tráfico de drogas perderá R$ 17,9 milhões, o que pode comprometer ações contra o crime organizado.