Desemprego vai a 7% no 1º trimestre, menor taxa em 13 anos

Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país. Rendimento médio dos trabalhadores bateu recorde da série histórica: R$ 3.410 por mês.

Publicado em 30 de abril de 2025 às 10:47

Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país. Rendimento médio dos trabalhadores bateu recorde da série histórica: R$ 3.410 por mês.
Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país. Rendimento médio dos trabalhadores bateu recorde da série histórica: R$ 3.410 por mês. Crédito: Agência Brasil

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7% no 1º trimestre de 2025.

Houve um aumento de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (6,2%), terminado em dezembro, mas uma queda de 0,9 p.p. em relação ao mesmo período em 2024 (7,9%).

Apesar da alta na comparação trimestral, esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março desde que o IBGE começou a calcular o índice, em 2012.

Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o que representa um crescimento de 13,1% (ou mais 891 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, mas um recuo de 10,5% (menos 909 mil pessoas) na comparação com 2024.

A população ocupada no Brasil ficou em 102,5 milhões, uma queda de 1,3% (menos 1,3 milhão de pessoas) no trimestre e um aumento de 2,3% (mais 2,3 milhões de pessoas) no ano.

Com isso, 57,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil (14 anos ou mais) estão empregadas. É o que o IBGE chama de nível da ocupação.

O aumento da taxa de desocupação no trimestre demonstra um comportamento sazonal, geralmente já observado nos inícios de ano, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

As demissões são mais comuns no primeiro trimestre porque terminam os contratos de empregados temporários admitidos para atender a demanda do Natal. No entanto, o índice de 7% ainda caracteriza um mercado de trabalho aquecido, destaca a especialista.

Dados da pesquisa:

  • Taxa de desocupação: 7%
  • População desocupada: 7,7 milhões de pessoas
  • População ocupada: 102,5 milhões
  • População fora da força de trabalho: 67 milhões
  • População desalentada: 3,2 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 38%

Com informações do G1