Publicado em 8 de outubro de 2025 às 17:43
O governo federal começou a cobrar a devolução de R$ 478,8 milhões pagos de forma indevida a 177,4 mil famílias durante o Auxílio Emergencial, benefício criado para apoiar a população durante a pandemia de Covid-19.>
As notificações estão sendo enviadas desde março pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) por SMS, WhatsApp, e-mail e pelo aplicativo Notifica. O foco inicial é em casos de valores mais altos ou de pessoas com maior capacidade de pagamento, conforme o Decreto nº 10.990/2022.>
Quem precisa devolver>
Devem restituir os valores aqueles que não se enquadravam nas regras do programa, como pessoas que:>
• tinham emprego formal;>
• recebiam benefício previdenciário;>
• possuíam renda familiar acima do limite permitido;>
• ou apresentaram outras inconsistências que caracterizam pagamento indevido.>
Quem está isento da cobrança>
A devolução não se aplica a famílias em situação de vulnerabilidade. Estão dispensados:>
• beneficiários do Bolsa Família;>
• pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico);>
• quem recebeu menos de R$ 1,8 mil;>
• famílias com renda per capita de até dois salários mínimos;>
• ou com renda total de até três salários mínimos.>
Como devolver o valor>
A devolução deve ser feita pelo sistema Vejae, acessado via PagTesouro, com opções de pagamento por PIX, cartão de crédito ou boleto bancário (GRU).>
Segundo Érica Feitosa, diretora do Departamento de Auxílios Descontinuados do MDS, o prazo para pagamento é de 60 dias a partir da notificação, com possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, sem juros nem multa, e parcela mínima de R$ 50.>
“O sistema garante o direito de defesa, permitindo que o cidadão apresente recurso se discordar da cobrança. É importante que todos acessem a plataforma e verifiquem sua situação”, destacou Érica.>
O que acontece se não pagar>
Quem não devolver o valor no prazo poderá ter o nome inscrito na Dívida Ativa da União e no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados), além de correr risco de negativação nos órgãos de proteção ao crédito.>
Estados com mais devoluções>
Os estados com maior número de famílias notificadas são:>
• São Paulo: 55,2 mil>
• Minas Gerais: 21,1 mil>
• Rio de Janeiro: 13,2 mil>
• Paraná: 13,2 mil>
Com informações do G1>