Publicado em 10 de junho de 2025 às 14:30
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,26% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). O resultado representa a terceira desaceleração consecutiva do indicador, que havia registrado alta de 0,43% em abril.>
No acumulado do ano, o IPCA soma uma alta de 2,75%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,32%, abaixo dos 5,53% observados no mês anterior. Apesar da desaceleração, a inflação segue acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.>
Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, Habitação teve a maior variação no mês, com alta de 1,19% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral. O principal responsável foi o subitem energia elétrica residencial, que subiu 3,62% e teve o maior impacto individual no IPCA de maio, contribuindo com 0,14 ponto percentual.>
A alta na conta de luz é reflexo da adoção da bandeira tarifária amarela, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No mês anterior, a energia havia recuado 0,08%.>
O cenário deve se agravar em junho, já que a Aneel determinou a aplicação da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, o que tende a pressionar ainda mais os custos de energia e, por consequência, o IPCA do próximo mês.>
A pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na véspera, projeta que a inflação deve encerrar 2025 em 5,44%, acima do centro da meta. O mercado também aposta na manutenção da taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para a próxima quarta-feira (11).>