Índice que corrige aluguéis registra queda pela primeira vez desde 2024

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 13:37

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Crédito: Agência Brasil

A chamada “inflação do aluguel” teve queda de 0,11% nos últimos 12 meses. Essa é a primeira vez desde maio de 2024 que ela fica negativa. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esse índice é acompanhado de perto por quem paga e quem recebe aluguel, porque ele costuma ser usado para reajustar o valor dos contratos todos os anos.

Em maio de 2024, a queda em 12 meses era de 0,34%. Depois disso, o índice ficou em alta e chegou a bater 8,58% em março de 2025. Agora, voltou a ficar abaixo de zero.

Por que isso aconteceu?

A FGV analisa três grupos de preços para calcular esse índice:

• Preços no atacado (o que os produtores pagam), é o que mais pesa no resultado total

• Preços para o consumidor (o que chega ao bolso das pessoas)

• Custos da construção civil (materiais e mão de obra de obras)

O que puxou a queda foi o grupo dos preços no atacado, que ficou 2,06% mais barato no período analisado. Segundo especialistas, ao longo de 2025 houve várias reduções de preços, tanto de produtos industriais quanto de alimentos produzidos no campo.

Já os preços para as famílias subiram 3,95% e os da construção, 6,41%.

O que aconteceu em novembro?

No mês de novembro sozinho, houve alta de 0,27%. Mesmo assim, no acumulado de 12 meses o resultado é de queda porque saiu da conta o aumento que havia sido registrado em novembro de 2024.

O aluguel vai cair?

Não necessariamente. Apesar de ser muito usado nos contratos de aluguel, cada contrato pode ter regras diferentes. Alguns dizem que o valor só sobe se o índice for positivo. Ou seja: mesmo com a queda, o aluguel pode ficar do mesmo jeito.

O índice também pode ser usado para reajustar algumas tarifas públicas e serviços.

A pesquisa de preços da FGV é feita em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Os preços considerados foram coletados entre 21 de outubro e 20 de novembro.