Ministro garante continuidade do Minha Casa Minha Vida, mesmo com corte no PAC
Em visita a Belém, Jader Filho afirma que bloqueio orçamentário não comprometerá obras do programa habitacional
Publicado em 3 de junho de 2025 às 17:33
Durante agenda oficial em Belém, o ministro das Cidades, Jader Filho, assegurou que o programa Minha Casa Minha Vida não será afetado pelos cortes anunciados recentemente no Orçamento da União. O governo federal determinou o bloqueio de R$ 31,3 bilhões em despesas para o ano de 2025, atingindo diretamente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que perdeu R$ 7,6 bilhões. O Ministério das Cidades, por sua vez, teve R$ 4,29 bilhões congelados.
Apesar da contenção, o ministro garantiu que as obras do Minha Casa Minha Vida seguirão normalmente. "Todas as obras vão continuar com toda a força", afirmou Jader Filho, reforçando o compromisso da pasta com o andamento das construções em curso.
O posicionamento veio após reuniões técnicas dentro do próprio ministério para avaliar os impactos do bloqueio. Segundo Jader, nenhum projeto será interrompido. “Já discutimos internamente e posso afirmar: os construtores e as famílias podem ficar tranquilos”, disse.
Ajustes no orçamento não mudam foco da política habitacional
Os cortes fazem parte de um esforço do Executivo para garantir o cumprimento do novo arcabouço fiscal, que busca equilibrar as contas públicas. Entre os setores afetados também estão as emendas parlamentares, com redução de R$ 7,1 bilhões.
Apesar das restrições, o Minha Casa Minha Vida segue como uma das principais prioridades da atual gestão. Recentemente reformulado, o programa incluiu novas faixas de atendimento, como a Faixa 4, que contempla famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.
O ministro reforçou que estados e municípios podem manter o planejamento de novos projetos habitacionais. “Todos os recursos necessários para garantir a continuidade das obras estarão disponíveis. Nossa meta está mantida”, afirmou.
Meta ambiciosa para os próximos anos
Segundo o Ministério das Cidades, a previsão para 2025 é de destinar R$ 18 bilhões ao programa habitacional, recursos oriundos do Fundo Social do pré-sal. A meta é contratar 2 milhões de moradias até o início de 2026, reforçando o papel estratégico do Minha Casa Minha Vida no enfrentamento ao déficit habitacional do país.
