Saiba para onde fica mais barato viajar com a valorização do real

Desde janeiro, o dólar turismo caiu de R$ 6,40 para R$ 5,49, uma desvalorização de mais de 13%.

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 17:59

Emirados Árabes
Emirados Árabes Crédito: Reprodução

A valorização do real frente ao dólar e outras moedas já começa a se refletir no bolso dos viajantes. Desde janeiro, o dólar turismo caiu de R$ 6,40 para R$ 5,49, uma desvalorização de mais de 13%. O movimento beneficia não somente quem sonha com férias nos Estados Unidos, mas também quem planeja conhecer destinos cuja economia é dolarizada ou atrelada ao câmbio americano.

Estados Unidos no topo da lista

Os pacotes para os EUA são os que mais sentem a diferença. Um roteiro de cinco dias em Orlando, no valor de US$ 2.000, que custava cerca de R$ 12.800 em janeiro, agora sai por R$ 10.980 (sem contar IOF). Ainda é caro viajar com dólar acima de R$ 5, mas a redução representa um alívio importante.

Outros destinos em dólar

Além dos EUA, países como Bahamas, Emirados Árabes, Equador, Panamá, Curaçau, Hong Kong, Qatar e Arábia Saudita também ficam mais acessíveis. Nessas regiões, o câmbio é diretamente dolarizado, o que faz com que qualquer queda da moeda americana se traduza em economia para os brasileiros.

Passagens aéreas e pacotes internacionais

As passagens de avião para praticamente todo o mundo também tendem a ficar mais baratas. Isso porque 60% dos custos das companhias aéreas, como combustível e manutenção, são dolarizados, segundo a FecomercioSP. Seguros-viagem e pacotes vendidos por operadoras internacionais seguem a mesma lógica.

E a Europa?

O euro e a libra também perderam valor frente ao real, mas em menor intensidade. Desde abril, o dólar recuou mais de 12%, enquanto o euro caiu 4,4% e a libra, 7%. Mesmo assim, a queda já torna mais barato consumir em países da zona do euro ou no Reino Unido.

Real em alta no mundo

O real foi destaque global em setembro: no acumulado do ano, a moeda brasileira se valorizou em relação ao euro (-4,15%), libra (-9,39%), franco suíço (-3,61%), iene japonês (-10,5%) e yuan chinês (-14%).

O fortalecimento do real também pode mexer no mercado interno. Se mais brasileiros optarem por viajar para fora, a concorrência tende a pressionar os preços dos pacotes nacionais para baixo. No ano passado, 60% das vendas de operadoras ligadas à Braztoa foram para destinos domésticos e 40% para internacionais. Esse equilíbrio pode mudar em 2025.

Com informações do UOL