Trump mantém prazo de 1º de agosto e confirma tarifa de 50% para o Brasil

“O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto, ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!!!”, escreveu Trump em suas redes sociais

Publicado em 30 de julho de 2025 às 12:17

Segundo o jornal, Trump “ameaça romper os laços com o segundo país mais populoso do hemisfério em apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro”.
Segundo o jornal, Trump “ameaça romper os laços com o segundo país mais populoso do hemisfério em apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro”. Crédito: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta quarta-feira (30) que o prazo de 1º de agosto para o início da nova tarifa de 50% sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil, está mantido. A declaração foi feita em uma publicação no Truth Social: “O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto, ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!!!”, escreveu o republicano, em letras maiúsculas.

Com a proximidade da data, empresas brasileiras já sentem os efeitos da medida. Exportações estão sendo suspensas e contratos cancelados em diversos setores. O segmento de pescados é um dos mais afetados. Segundo Eduardo Lobo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), “todos os embarques foram suspensos e pedidos foram cancelados”, disse.

Setores do agronegócio e da indústria têm pressionado o governo brasileiro por uma resposta rápida e mais pragmática nas negociações com os EUA, inclusive com o pedido para estender o prazo da tarifa.

O impacto da medida preocupa até mesmo organismos internacionais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para possíveis consequências negativas na economia brasileira. Petya Koeva-Brooks, vice-diretora do Departamento de Pesquisa do FMI, afirmou que, se implementadas, as tarifas americanas podem desacelerar ainda mais a atividade econômica no país.

Diante do cenário, o governo brasileiro prepara um plano de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o anúncio será feito pelo presidente Lula. Ele também afirmou, em entrevista à CNN, que retaliações na mesma medida, ou seja, com tarifas similares, não estão entre as opções consideradas pelo governo.

Com informações do CNN