Publicado em 1 de outubro de 2025 às 13:19
Uma viagem pela história da resistência popular no Pará ganha forma a partir do traço e da ironia. É o que promete a exposição “Charges da Resistência”, que será inaugurada nesta quinta-feira (2), às 18h, durante a 3ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, realizada nos campi do ICJ e ICSA da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.>
A mostra reúne 28 charges históricas que circularam no Jornal Resistência, um dos poucos veículos alternativos criados em plena ditadura militar pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH). Nas páginas, o humor gráfico serviu como arma contra a censura e ferramenta de denúncia das violações cometidas na Amazônia.>
A curadoria é assinada pela professora Anna Júlia Lustosa, ao lado dos jornalistas Paulo Roberto Ferreira e Walter Pinto, em parceria com a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh).>
Charges como memória viva >
Mais do que uma exposição de artes gráficas, o projeto busca provocar reflexão. Ao revisitar episódios de repressão e luta por liberdade, a mostra convida estudantes, professores e a sociedade em geral a pensar sobre o valor da democracia e a urgência de se manter viva a memória das resistências.>
Após a estreia, a exposição ganha vida itinerante e deve circular por escolas, universidades e Usinas da Paz, alcançando cerca de 10 mil pessoas. A ideia é que os desenhos que desafiaram o silêncio da ditadura continuem ecoando como um chamado para o debate sobre direitos humanos.>