Belém se prepara para sediar o primeiro Global Citizen Festival na Amazônia

Em um marco inédito para o ativismo global e a proteção ambiental, o Global Citizen Festival: Amazônia desembarca em Belém do Pará no dia 1º de novembro de 2025, no Estádio Mangueirão. O evento, que é a primeira edição na América Latina, acontece no coração da Amazônia e serve como uma poderosa mobilização de conscientização e ação em vista da COP 30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que também será sediada na cidade no mesmo ano.

O Global Citizen Festival não é apenas um espetáculo musical, mas sim um evento global de advocacy que utiliza a música, políticas públicas e o ativismo para impulsionar compromissos com o objetivo de erradicar a pobreza extrema e proteger o planeta. "A edição Amazônia em Belém representa um marco de mobilização, promovendo conscientização, incentivando as pessoas, governos, empresas a realmente tomarem ações climáticas concretas antes que seja tarde demais", explica Pamela Ciocchi, gerente de campanhas da Global Citizen.

Conexão com a COP 30 e a Meta de $1 Bilhão

O festival está intrinsecamente ligado à COP 30, destacando o papel central das lideranças indígenas e locais na construção da agenda climática global. O principal objetivo da campanha é ambicioso: arrecadar 1 bilhão de dólares para proteger, restaurar e revitalizar a Amazônia, além de exigir compromissos concretos dos líderes mundiais na Cúpula do Clima.

Essa mobilização é realizada através da campanha maior, a "Proteja a Amazônia", que já está em curso há quase um ano, convidando governos, empresas e filantropias a assumirem compromissos financeiros e políticos. A campanha amplifica soluções lideradas por povos indígenas, projetos locais de conservação e negócios sustentáveis, como o ecoturismo.

Ingressos por Ativismo: O Engajamento Digital como Chave

Um dos diferenciais do Global Citizen é que os ingressos para o festival não são vendidos. Para conquistá-los, é necessário que os moradores do Pará realizem ações digitais significativas por meio da plataforma da Global Citizen, como assinar petições, responder quizzes e compartilhar conteúdo nas redes sociais.

Alguns exemplos concretos de ação incluem o envio de mensagens de vídeo solicitando à França e à Alemanha que aumentem o financiamento para a proteção da Amazônia, além de petições pela demarcação de terras e quizzes sobre desmatamento. Mais de 2.500 jovens também estão conquistando entradas por meio de parcerias com as Usinas da Paz, realizando ações locais como plantio de árvores e mutirões de limpeza. O engajamento continua mesmo após o evento, com o público podendo seguir participando da campanha "Proteja a Amazônia" pelo aplicativo da organização.

Sustentabilidade Carbono Zero no Palco

Reforçando sua mensagem ambiental, o festival em Belém implementará práticas rigorosas de sustentabilidade. O palco do Mangueirão será totalmente alimentado por baterias e geradores de biodiesel, com compensação por meio de energia solar, garantindo uma pegada de carbono zero.

"Essa inovação demonstra como grandes eventos ao vivo podem operar com pegada de carbono zero e reforça essa mensagem de sustentabilidade do festival", afirma Pamela Ciocchi. O evento também priorizará equipes e equipamentos locais para reduzir as emissões de transporte, além de implementar estações de reciclagem, compostagem, embalagens ecológicas e redução do uso de plásticos e descartáveis, tornando-se um modelo de evento sustentável em larga escala para o Brasil e o mundo.

A União da Cultura, Ancestralidade e Ativismo

O line-up do festival celebra a união de forças pela Amazônia. Nomes como Anitta, Gaby Amarantos, Cacique Raoni, Sônia Guajajara, Seu Jorge e o vocalista do Coldplay, Chris Martin, se unem a novos talentos como Charlie Puth e a paraense Viviane Batidão no show de abertura, com participações de Alan Dias, Ricardinho e Luísa Zveiter.

Ao dividir o palco com líderes indígenas, quilombolas e comunitários, a mensagem do Global Citizen é inequívoca: "Proteger a Amazônia significa reconhecer os seus povos como guardiões da floresta". O festival celebra a arte, a cultura, a música e o ativismo como forças transformadoras sociais e ambientais, defendendo a narrativa de que, para proteger o planeta, é preciso primeiro proteger a Amazônia e as pessoas que a mantêm em pé.

Fique Atento: Novos compromissos políticos em prol da proteção da Amazônia e anúncios de novos artistas estão previstos para o dia 1º de novembro.