Publicado em 24 de outubro de 2025 às 08:42
O filme Belén, escolhido para representar a Argentina na disputa por uma indicação ao Oscar de 2026, revive uma história real que marcou o país. A produção acompanha a trajetória de Julieta (Camila Plaate), uma jovem falsamente acusada de realizar um aborto ilegal, enquanto um movimento social se organiza para defender os direitos das mulheres.>
Dirigido por Dolores Fonzi, o longa é inspirado no livro Somos Belén, de Ana Correa. Além de dirigir, Fonzi também atua como a advogada Soledad Deza, responsável pela defesa da protagonista, e assina o roteiro. A cineasta afirma que ver o filme representar a Argentina na disputa internacional é uma oportunidade de ampliar o alcance da história.>
“Estou muito feliz porque representar a Argentina no Oscar fará com que mais pessoas tenham interesse em ver Belén. O mais importante é que esse tema e essa história cheguem a um público maior”, afirmou Fonzi durante o Festival do Rio, onde o filme teve sua estreia no Brasil.>
A diretora destacou ainda que deseja que a obra inspire movimentos de luta pelos direitos das mulheres em outros países. O caso retratado ocorreu entre 2014 e 2017 e foi um marco na mobilização pela legalização do aborto na Argentina, aprovada em 2020.>
“O aborto é ilegal em muitos lugares da América Latina, então é essencial mostrar esse filme também por isso. Ele pode inspirar outros grupos de mulheres e mostrar que a união e a força coletiva são capazes de transformar a realidade”, disse Fonzi.>
Após sua exibição no Festival do Rio, Belén será lançado no Brasil pelo Prime Video, ainda sem data confirmada.>
Por Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Danielle Zuquim, editora-chefe da manhã).>