Publicado em 2 de setembro de 2025 às 14:42
Guillermo Del Toro finalmente realizou o sonho de adaptar Frankenstein, obra que marcou sua trajetória como fã declarado de Mary Shelley e de sua criatura imortal. Mas, a grandiosidade da produção parece ter se tornado tanto o maior triunfo quanto a maior fragilidade do longa.>
Anos de espera e devoção culminaram na versão de Frankenstein assinada por Del Toro. Desde a estreia no Festival de Veneza, a crítica tem destacado o filme como um deslumbre visual, carregado das marcas estéticas e narrativas que marcam o estilo do diretor.>
Ainda assim, os comentários apontam que, por trás do espetáculo de US$ 120 milhões, a profundidade narrativa se perde. O peso filosófico do livro original, a jornada de seus personagens e as reflexões propostas por Mary Shelley parecem ter cedido espaço ao impacto visual.>
Mesmo com tais ressalvas, o longa deixou sua marca em Veneza, onde arrancou quase 15 minutos de aplausos.Conhecido por sua empatia com criaturas marginalizadas e premiado com o Oscar por A Forma da Água(2017), o cineasta já havia feito história com a Netflix na animação em stop-motion Pinóquio(2022), vencedora do Oscar. Depois de Frankenstein, o próximo passo será a adaptação de O Gigante Enterrado, de Kazuo Ishiguro.>
O elenco também ajuda a sustentar o peso da produção: Oscar Isaac (Duna) dá vida ao Doutor Frankenstein, Jacob Elordi (Euphoria, Saltburn) encarna o Monstro e Mia Goth (Pearl, MaXXXine) deve assumir o papel da Noiva.>
Com estreia nos cinemas dos EUA marcada para 17 de outubro, o longa chega ao Brasil no dia 23. Na Netflix, a data confirmada é 7 de novembro.>
Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Cássio Leal, editor chefe).>