iPhone 17 Pro Max chega a R$ 18,5 mil e expõe contraste entre consumo de luxo e renda do brasileiro

Valor do novo modelo equivale a moto, viagem internacional ou até uma pós-graduação, e reacende críticas à estratégia da Apple no Brasil.

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 15:34

iPhone 17 Pro Max chega a R$ 18,5 mil e expõe contraste entre consumo de luxo e renda do brasileiro
iPhone 17 Pro Max chega a R$ 18,5 mil e expõe contraste entre consumo de luxo e renda do brasileiro Crédito: Reprodução/Apple

O lançamento do iPhone 17 Pro Max no Brasil trouxe consigo não apenas filas e expectativas, mas também uma onda de debates sobre o valor cobrado pela Apple no país. O modelo mais sofisticado, com 2 TB de armazenamento, chega às prateleiras custando até R$ 18.499, preço que o coloca entre os smartphones mais caros do mundo e muito acima da média do poder aquisitivo brasileiro.

A comparação direta com outros bens e serviços virou assunto nas redes sociais e rendeu memes que circularam amplamente. Pelo valor de um único iPhone, é possível comprar uma moto Honda CG 160 Fan zero quilômetro (R$ 18.350), bancar um mês de intercâmbio no Canadá incluindo passagens, hospedagem e despesas básicas (R$ 17.500), ou ainda pagar uma pós-graduação online em Liderança e Inovação na Fundação Getúlio Vargas (R$ 12.356).

Na lista de equivalências, não faltam curiosidades: os R$ 18,5 mil também representam 21 cestas básicas completas em São Paulo, 154 botijões de gás, 10 TVs 4K de 43 polegadas ou mais de 1.200 morangos do amor. Em termos de lazer, o valor daria para 264 ingressos de cinema em salas VIP ou 34 anos de assinatura padrão da Netflix.

Especialistas em consumo lembram que a Apple adota, historicamente, uma política de posicionamento premium. A empresa reforça o caráter aspiracional de seus produtos, que não são apenas ferramentas tecnológicas, mas também símbolos de estilo de vida. No entanto, no Brasil, esse posicionamento esbarra em um contraste evidente: enquanto o salário médio do trabalhador gira em torno de R$ 3 mil, o preço do aparelho representa o equivalente a mais de seis meses de renda para boa parte da população.

O fenômeno não é novo. Desde os primeiros lançamentos no país, o iPhone se consolidou como símbolo de status, marcador de classe e até objeto de ostentação em debates sociais. Mas, a cada novo ciclo, o tema ganha novas camadas: desta vez, o iPhone 17 Pro Max se tornou também combustível para discussões sobre desigualdade, consumo consciente e até prioridades financeiras.