Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 18:44
Menos de duas semanas após o encerramento da COP-30, Belém volta a receber iniciativas que tentam prolongar o debate climático impulsionado pela conferência.>
Uma delas é o lançamento do livro “A Correspondência de Cidadãos Mirins pelo Planeta em Risco”, organizado por educadores do Pará e do Rio Grande do Sul, que reúne 65 cartas escritas por estudantes do Rio Grande do Sul abordando temas ambientais como aquecimento global, desmatamento e preservação de biomas.>
Projeto nasce no Sul e retorna à Amazônia>
O livro é coordenado por Luann Guarany, físico, jornalista e professor natural de Belém que desenvolve projetos educacionais há 12 anos no Rio Grande do Sul.>
Ele afirma que lançar o material na capital paraense reforça a necessidade de continuidade dos debates climáticos iniciados na conferência.>
“A COP terminou, mas a responsabilidade permanece. Trazer o livro para Belém é dar sequência ao movimento iniciado aqui diante do mundo”, diz Guarany.>
A coorganização fica a cargo de Bruna Simon, mestra em Ciências, física e jornalista gaúcha que viveu dois anos em Belém.>
“A Amazônia foi o centro da conferência, e as cartas das crianças ajudam a manter essa pauta viva”, afirma.>
Cartas como forma de registro e pressão social>
Os textos escritos pelos estudantes abordam temas discutidos na COP-30 e que seguem como desafio para governos, pesquisadores e entidades ambientais:>
• avanço do desmatamento>
• impactos das queimadas em comunidades tradicionais>
• preservação de rios, igarapés e oceanos>
• perda acelerada de biodiversidade>
• responsabilidade de países desenvolvidos no financiamento climático>
• necessidade de educação ambiental contínua>
Segundo os organizadores, as cartas funcionam como um registro da percepção das novas gerações sobre a crise ambiental e como forma de pressão social para que os compromissos firmados não se esvaziem após o evento.>
Belém no pós-COP>
Com o fim da conferência no último dia 21, Belém vive agora o período de desdobramentos pós-COP. A cidade, que recebeu chefes de Estado, delegações estrangeiras e pesquisadores, tornou-se referência nacional na agenda de clima e Amazônia.>
Para Guarany, isso aumenta a responsabilidade de iniciativas educativas.>
“A solução climática passa pela Amazônia. O desafio agora é fazer com que essa consciência chegue às escolas e às famílias”, afirma.>
Volume 2 em elaboração>
O engajamento dos estudantes levou os educadores a iniciarem a produção do Volume 2 do projeto. A proposta é ampliar a participação de escolas e transformar a escrita das cartas em ação permanente de mobilização jovem.>
Serviço>
Título: A Correspondência de Cidadãos Mirins pelo Planeta em Risco>
Organização: Luann Guarany e Bruna Simon>
Formato: digital e impresso>