Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 12:49
Com a compra da Warner Bros. pela Netflix, muitos fãs e profissionais da indústria do cinema questionaram o futuro dos lançamentos nos cinemas, especulando que os novos filmes poderiam ser lançados exclusivamente na plataforma de streaming. O CEO da Netflix, Ted Sarandos, reagiu a essas incertezas durante uma conferência em Nova York, afirmando que a empresa não pretende alterar o atual modelo de distribuição.>
“Não compramos esta empresa para destruir esse valor”, disse Sarandos no evento. Em outras palavras: a Netflix pretende manter o cronograma tradicional de estreias nas salas de cinema.>
Por que manter o lançamento nas telonas>
Sarandos destacou que alguns filmes recentes de grande sucesso da Warner Bros., como blockbusters que ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias globais, alcançaram esse desempenho graças ao apelo e à experiência proporcionados pelo formato cinematográfico. Segundo ele, a Netflix reconhece o valor dessa dinâmica:>
• A Netflix nunca operou diretamente no mercado de exibições tradicionais, o que dá ao estúdio um perfil novo dentro da empresa.>
• A ideia, explicou o executivo, é preservar o padrão: filmes da Warner Bros. continuarão chegando aos cinemas antes (ou junto com) sua disponibilização na plataforma.>
O impacto da aquisição e o que muda>
Embora a aquisição tenha levantado dúvidas sobre o futuro dos filmes de estúdio, a declaração pública da Netflix ajuda a dissipar temores imediatos. O mercado, porém, segue atento a possíveis efeitos secundários, como:>
• Redefinição de cronogramas de lançamento (cinema → streaming → home video);>
• Estratégias de marketing e janelas de exclusividade para cinemas;>
• Alterações na produção e no volume de filmes lançados, cenário que ainda depende da reação dos estúdios e do público.>
Concorrência: proposta da rival>
Nem todos os concorrentes receberam a aquisição com tranquilidade. Pouco depois do anúncio, a Paramount apresentou uma proposta rival à Warner Bros., alegando que a companhia não teria dado abertura suficiente para negociações anteriores. A disputa reacende debates sobre monopólio, diversidade de conteúdo e futuro da distribuição cinematográfica global.>