Publicado em 18 de novembro de 2025 às 15:12
Natacha Horana, ex-bailarina do Domingão do Faustão (1989-2021), revelou detalhes dos quatro meses em que ficou presa, entre novembro de 2024 e março deste ano, acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa.>
Em entrevista ao PodShape, de Juju Salimeni, ela afirmou que foi detida sem entender as acusações e descreveu condições precárias dentro da cadeia, como alimentação com comida estragada e falta de colchão para dormir.>
Natacha contou que foi surpreendida pela polícia em casa, em São Paulo. Segundo ela, nem os agentes explicaram adequadamente o motivo da prisão. "Chegaram na minha casa e me prenderam. Falaram o porquê: lavagem de dinheiro e associação criminosa. Aí eu perguntei: 'por quê?'. Eles disseram: 'pergunta para o seu advogado'. São tão rápidas as coisas", relatou.>
Levada à audiência de custódia na Barra Funda, em São Paulo, a dançarina esperava esclarecer a situação, mas disse ter sido tratada com frieza. "Perguntaram: 'te bateram?'. Eu respondi que não. A juíza disse: 'então tá, vai presa'. Eu falei: 'Deus do céu, o que está acontecendo?'. Fui algemada igual bandida", chorou.>
A entrada no presídio foi um dos momentos mais traumáticos. "Medo, pânico. Pensei: 'eu posso morrer aqui'. Chegando lá você não dorme, não come, só chora, não pensa", afirmou. Natacha dividiu a cela com 16 mulheres, embora houvesse acomodação para apenas oito. "Tinha uns quatro colchões. Vai se virando: uma dorme, a outra fica acordada, e vai revezando", relatou.>
“Comida estragada, fruta podre. É péssima a comida. Eles até têm cuidado para fazer, mas até a comida chegar, às vezes tem trânsito. Chegava muita comida estragada. Às vezes tem calor também. Toda misturada. Passei Natal comendo ovo podre.>
"Não desejo isso nem para o meu pior inimigo. E você ali levando a culpa de outra pessoa. Sua família sofre e o mundo inteiro falando de você. Falando o que quiser", acrescentou Natacha. Após deixar a prisão, ela enfrentou problemas emocionais graves. "Me deu muita depressão, síndrome do pânico. Queria me esconder do mundo. Eu construí uma imagem durante dez anos… Para uma coisa acontecer e destruir tudo: sua imagem, sua liberdade emocional e financeira”, lamentou.>