Publicado em 23 de julho de 2024 às 15:17
Lenda do tênis e integrante do famoso Big 4, Andy Murray confirmou nesta terça-feira que vai se aposentar de forma definitiva na Olimpíada de Paris-2024, que começa na sexta, na França. O tenista escocês, de 37 anos, é o único bicampeão olímpico da história da modalidade. E disputará uma Olimpíada pela quinta vez em sua carreira. >
"Cheguei em Paris para o meu último torneio da carreira", anunciou o ex-número 1 do mundo. "As semanas em que competi defendendo as cores da Grã-Bretanha foram, de longe, as mais memoráveis da minha carreira. E estou extremamente orgulhoso de poder fazer isso pela última vez." >
Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e do Rio-2016, Murray é o atual 121º do mundo. Longe de ter ranking para entrar na chave olímpica, ele precisou de um convite da organização para jogar em Paris. Desde o início do ano, havia a expectativa de que ele se despediria das quadras oficialmente na Olimpíada. >
A confirmação veio nesta terça após dificuldades enfrentadas pelo tenista em Wimbledon, torneio no qual se tornou lenda pelos dois títulos conquistados e também por quebrar diversos jejuns para o tênis britânico. No início do mês, ele recebeu uma intensa homenagem na competição londrina logo após ser eliminado na chave de duplas. >
Ele chegou a se inscrever na chave de simples, mas acabou desistindo porque fez uma cirurgia nas costas no dia 22 de junho Murray chegou a ser dúvida até mesmo para competir em Paris. Na capital francesa, ele jogará tanto na chave de simples quanto nas duplas, ao lado de Dan Evans. O tênis começa no dia 27, sábado, na programação olímpica. >
Além dos títulos olímpicos, o escocês tem como principais conquistas o troféu do US Open de 2012 e as duas taças de Wimbledon, em 2013 e 2016. Ao ser campeão em 2013, ele se tornou o primeiro britânico a vencer o torneio de simples em 77 anos. >
Ele alcançou o primeiro lugar no ranking da ATP e é o único jogador com duas medalhas de ouro consecutivas no tênis em simples na história da Olimpíada. Ele subiu ao lugar mais alto do pódio em Londres-2012 (superou o suíço Roger Federer na final) e no Rio-2016 (venceu o argentino Juan Martín del Potro) >
No auge, Murray integrou o famoso Big 4, o grupo dos quatro grandes do tênis da última geração, ao lado de Federer, Novak Djokovic e Rafael Nadal. O quarteto dominou o circuito nos últimos 20 anos. O escocês se torna o segundo a se aposentar, atrás de Federer - Nadal já indicou que pode deixar o tênis ainda nesta temporada. >
Murray, contudo, enfrentou diversos problemas físicos ao longo de sua carreira. Ele passou por operações no quadril em 2018 e 2019. Ele chegou a cogitar a aposentadoria após a segunda cirurgia, na qual recebeu um implante metálico no quadril, mas decidiu se manter no circuito na esteira de uma rápida recuperação física. >
Desde então, ele tem sido prejudicado por outra questões físicas, incluindo uma ruptura dos ligamentos do tornozelo esquerdo durante o Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos, em março deste ano. >
*Com informações do Estadão Conteúdo >