Publicado em 27 de novembro de 2025 às 07:32
A Aston Martin confirmou nesta quarta-feira que Adrian Newey será o novo chefe de equipe a partir da temporada 2026 da Fórmula 1. Considerado o maior projetista da história da categoria, Newey deixa oficialmente o posto de consultor técnico para assumir o comando do time, substituindo Andy Cowell. O ex-chefe de motores da Mercedes, por sua vez, assumirá o departamento de estratégia, função crucial na preparação para a parceria com a Honda, futura fornecedora de unidades de potência.>
Newey começou a colaborar com a Aston Martin em março deste ano, poucos meses depois de deixar a Red Bull, em maio de 2024, encerrando uma relação de 19 anos. Na época, o engenheiro justificou a saída afirmando que buscava novos desafios profissionais. Mesmo com a chegada antecipada, ele só pôde trabalhar diretamente nos projetos da equipe a partir de 2026, ano que a F1 inaugura um novo regulamento técnico, com mudanças profundas em motores e aerodinâmica — etapa que o próprio considera decisiva para o futuro da categoria.>
A saída de Newey da RBR ocorreu em meio a um período turbulento nos bastidores da equipe austríaca. A crise teve início após uma acusação de conduta imprópria contra Christian Horner, então chefe do time, feita por uma ex-funcionária. Embora Horner tenha sido inocentado em investigação interna, acabou demitido em meados de 2025, acompanhando outras baixas importantes, como o próprio Newey e o diretor esportivo Jonathan Wheatley, hoje líder da Sauber.>
Com mais de quatro décadas dedicadas à Fórmula 1, Adrian Newey iniciou sua trajetória em 1980, ainda na era do efeito solo — tecnologia que voltou ao regulamento em 2022. Passou por March, Williams e McLaren, criando máquinas históricas, como o FW14B que levou Nigel Mansell ao título de 1992, e o McLaren MP4/13, campeão com Mika Hakkinen em 1998. Em 2006, assinou com a Red Bull e foi o responsável pelos carros que garantiram quatro títulos a Sebastian Vettel e três a Max Verstappen.>
A chegada de Newey à Aston Martin representa um dos movimentos mais ambiciosos da equipe na era moderna e reforça o plano de transformar o time em candidato real às primeiras posições a partir da nova era da F1 em 2026.>