Atacante aciona a Justiça e amplia lista de ações contra o Paysandu

Os problemas do Paysandu fora de campo ganharam mais um capítulo nesta semana. Na última quinta-feira (18), o atacante paraguaio Jorge Benítez ingressou com ação na Justiça do Trabalho contra o clube, passando a integrar a lista de atletas que buscam na via judicial o recebimento de valores em atraso.

Com o novo processo, o Paysandu chega a sete ações trabalhistas movidas por jogadores do elenco de 2025. Benítez, que foi peça importante nas decisões do Campeonato Paraense, cobra R$ 333.664,51, referentes a salários e outros direitos contratuais não quitados.

O acúmulo de processos escancara o cenário financeiro delicado vivido pelo clube. Somadas, as ações já conhecidas representam um passivo aproximado de R$ 13,4 milhões, envolvendo atrasos salariais, direitos de imagem e a ausência de recolhimento do FGTS.

Entre os casos de maior impacto está o do atacante Rossi, que reivindica mais de R$ 5,1 milhões. A Justiça do Trabalho concedeu liminar reconhecendo a rescisão indireta do contrato, apontando falhas graves do clube e destacando o risco de danos à trajetória profissional do atleta.

Outros jogadores também recorreram ao Judiciário ao longo da temporada. O volante Leandro Vilela cobra pouco mais de R$ 4 milhões, citando inadimplência salarial, pendências de FGTS, direitos de imagem e a falta de assistência após uma lesão sofrida em setembro. Já o atacante André Lima move ação de cerca de R$ 1,6 milhão, envolvendo salários, imagem, FGTS e auxílio-moradia.

A lista inclui ainda Pedro Delvalle, com pedido próximo de R$ 914 mil, Dudu Vieira, que cobra R$ 705.045,39 após rescisão contratual, e Ramón Martínez, cujo processo, estimado em R$ 700 mil, acabou sendo encerrado por meio de acordo.