Publicado em 22 de novembro de 2025 às 20:00
O Atlético-MG voltou a sentir o peso das decisões continentais na noite deste sábado (22), no Defensores del Chaco, ao ser superado pelo Lanús após um empate sem gols em 120 minutos e uma disputa de pênaltis marcada por falhas ofensivas do próprio time mineiro. O revés tirou do Galo a chance do título inédito da Copa Sul-Americana, enquanto o clube argentino celebrou o bicampeonato e confirmou vaga direta na fase de grupos da próxima Libertadores.>
A atuação decisiva do goleiro Lautaro Losada sintetizou o desfecho da final em Assunção. Seguro durante todo o confronto, ele se transformou no protagonista da noite ao defender três pênaltis, contra Hulk, Vitor Hugo e Biel, e manter vivos os argentinos na busca pelo troféu. Não foi a primeira vez que o Lanús superou um brasileiro na competição: em 2013, o time da região metropolitana de Buenos Aires também levou a melhor diante da Ponte Preta, no Pacaembu.>
Galo constrói mais, mas não define>
Apesar do equilíbrio típico de finais sul-americanas, o Atlético-MG conseguiu criar as principais oportunidades nos 90 minutos regulamentares. A primeira grande chegada veio aos 20 minutos, quando Guilherme Arana exigiu defesa de Losada, mas o lance foi invalidado por impedimento na origem. Minutos depois, Bernard quase surpreendeu ao bater falta direto para o gol: a bola explodiu na trave esquerda, deixando o goleiro argentino sem reação.>
No segundo tempo, o panorama seguiu semelhante. Dudu testou Losada em chute colocado de fora da área, enquanto Júnior Alonso arriscou finalização potente sobre o travessão. Mesmo com maior volume, o Galo não encontrou o caminho das redes.>
Prorrogação tem chances desperdiçadas por Biel>
O roteiro poderia ter sido diferente ainda na prorrogação. Chamado para mudar a dinâmica ofensiva, Biel teve duas chances claras de definir o jogo antes dos pênaltis. Na primeira, desviou de cabeça com pouca força após cruzamento preciso de Gustavo Scarpa. Na segunda, a mais determinante da final, recebeu passe açucarado de Hulk, ficou cara a cara com Losada, mas parou novamente no goleiro argentino, que fez defesa à queima-roupa.>
As oportunidades perdidas voltaram a assombrar o atacante na marca da cal: Biel desperdiçou uma das cobranças, aumentando a pressão sobre o Atlético-MG na disputa. O Lanús, mais eficiente e mais frio, converteu o necessário para conquistar seu segundo título da Sul-Americana.>
Título argentino, frustração brasileira>
Com o apito final e a consagração nos pênaltis, o Lanús repetiu um roteiro que tem sido cada vez mais comum nas competições continentais: clubes argentinos mostrando força em decisões contra brasileiros. Já o Atlético-MG volta para Belo Horizonte com o gosto amargo da oportunidade perdida, tendo dominado o jogo, criado chances claras, mas sucumbido diante de uma noite inspirada do goleiro adversário.>