Publicado em 10 de junho de 2025 às 16:03
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está no centro de uma investigação conduzida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por suspeita de envolvimento em manipulação de resultado esportivo. O jogador prestou depoimento à entidade no último dia 29 de maio, e agora cabe à Procuradoria do STJD decidir se apresentará denúncia formal ou se arquivará o caso.
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O inquérito, que apura se o atleta forçou intencionalmente um cartão amarelo durante uma a partida de 2023, foi finalizado recentemente. No sábado passado, a Procuradoria foi oficialmente intimada apara tomar as medidas cabíveis, sob responsabilidade do procurador Eduardo Ximenes, que também atuou na fase inicial da apuração.
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Bruno Henrique foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de fraude esportiva, e também por estelionato. Se for condenado, o jogador pode enfrentar pena de até seis anos de prisão, além de possível responsabilização na esfera esportiva. Apesar da gravidade das acusações, não houve solicitado de suspensão preventiva por parte do STJD, o que permite que o atacante continue atuando normalmente pelo Flamengo.>
Esquema envolve familiares e grupo de apostadores>
Além de Bruno Henrique, outras testemunhas foram ouvidas no fim de maio, e o inquérito apontou a participação de familiares e pessoas próximas do jogador no suposto esquema de apostas. Entre os indiciados estão o irmão do atleta, Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa de Wander, Ludymilla Araújo Lima, e a prima de Bruno Henrique, Poliana Ester Nunes Cardoso, todos suspeitos de terem realizado apostas relacionadas ao lance sob investigação.>
O inquérito ainda identificou um segundo núcleo de apostadores, composto por amigos de Wander, que também teriam participado do esquema. Estão entre os nomes citados: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.>
Caso também pode seguir para Justiça comum>
Paralelamente à análise do STJD, Bruno Henrique também pode se tornar réu na Justiça comum. Ele foi indiciado pela Polícia Federal em abril, e o processo agora está nas mãos do Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá se apresenta ou não denúncia formal. A defesa do jogador entrou com um pedido de arquivamento do inquérito policial, que ainda aguarda análise.>
Com a repercussão do caso e os desdobramentos jurídicos em duas esferas, esportiva e penal, Bruno Henrique pode enfrentar uma das fases mais delicadas de sua carreira, enquanto o Flamengo observa com cautela os próximos passos das autoridades.>