Calor extremo ameaça atletas na Copa do Mundo de Clubes 2025 nos EUA

Mais da metade dos jogos será disputada à tarde, sob temperaturas acima de 32°C; times brasileiros terão partidas em horários críticos.

Publicado em 11 de junho de 2025 às 12:43

Clubes brasileiros vão sofrer com o calor no Mundial - 
Clubes brasileiros vão sofrer com o calor no Mundial -  Crédito: Divulgação/Flamengo

Câimbras, tontura, desmaios e até mal súbito. Esses são alguns dos riscos reais que os jogadores enfrentarão durante a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025, que acontecerá entre junho e julho nos Estados Unidos. Com previsão de um dos verões mais quentes da história do país, 58,7% das partidas do torneio serão disputadas entre as 12h e as 18h — período de calor extremo em diversas cidades-sede.

Ao todo, 37 dos 63 jogos da competição acontecerão no chamado "horário crítico", sendo 25 na fase de grupos e outros 12 no mata-mata, incluindo a grande final no MetLife Stadium, em Nova Jersey. A maioria das cidades-sede está localizada na Costa Leste dos EUA, região que, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), pode enfrentar ondas severas de calor durante os meses da competição.

Todos os clubes brasileiros participantes terão ao menos um compromisso sob temperaturas elevadas. O Fluminense será o único com dois jogos à tarde já na fase de grupos: estreia contra o Borussia Dortmund, às 12h, em Nova Jersey, e duelo contra o Mamelodi Sundowns, às 15h, em Miami. Botafogo, Flamengo e Palmeiras também entrarão em campo em horários críticos.

Jogos dos brasileiros marcados para o calor da tarde:

  • Fluminense x Borussia Dortmund (Grupo F) – 17/6, às 12h – Nova Jersey
  • Palmeiras x Al-Ahly (Grupo A) – 19/6, às 12h – Nova Jersey
  • Flamengo x Chelsea (Grupo D) – 20/6, às 14h – Filadélfia
  • Atlético de Madrid x Botafogo (Grupo B) – 23/6, às 12h – Los Angeles
  • Mamelodi Sundowns x Fluminense (Grupo F) – 25/6, às 15h – Miami

Auckland City e Borussia Dortmund serão os únicos clubes a jogar todos os três confrontos da fase de grupos durante a tarde.

Embora alguns estádios da competição contem com sistemas de climatização, muitos não oferecem esse recurso, o que pode agravar ainda mais os efeitos do calor. Médicos e especialistas alertam que temperaturas acima de 32°C exigem muito mais do corpo humano: o coração trabalha em ritmo acelerado, o cérebro é afetado e a performance atlética sofre queda significativa.

Entre os sintomas mais comuns da exposição ao calor extremo estão desidratação, câimbras, tontura, náusea, exaustão e até colapsos. Com o risco crescente de episódios relacionados à saúde dos atletas, a expectativa é que a FIFA reforce protocolos médicos e pausas técnicas para hidratação ao longo da competição.