Carlo Ancelotti: a jornada do meio-campista que virou técnico multicampeão

Com a confirmação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, os holofotes se voltam não apenas para sua carreira vitoriosa como treinador, mas também para sua sólida trajetória como jogador. Dono de uma visão de jogo refinada e liderança natural, Ancelotti foi um dos meio-campistas mais respeitados de sua geração.

Natural de Reggiolo, na Itália, Ancelotti começou sua carreira profissional no Parma, em 1976. Suas atuações chamaram a atenção da Roma, onde se transferiu em 1979. No clube da capital, conquistou o título do Campeonato Italiano em 1983 e quatro Copas da Itália. A elegância e disciplina tática em campo o tornaram peça-chave do time dirigido por Nils Liedholm.

Em 1987, Carlo se juntou ao Milan de Arrigo Sacchi, participando de uma das gerações mais históricas do clube. Ao lado de nomes como Baresi, Maldini, Rijkaard e Van Basten, conquistou duas Ligas dos Campeões (1989 e 1990) e mais um título italiano. Mesmo com problemas físicos que anteciparam sua aposentadoria em 1992, Ancelotti deixou os gramados como campeão mundial de clubes e ídolo Rossonero.

Pela seleção italiana, disputou a Eurocopa de 1988 e a Copa do Mundo de 1990, embora tenha sofrido com lesões que o impediram de ser titular nas duas competições. Ainda assim, fez parte do grupo que chegou à semifinal do Mundial disputado em solo italiano.

Com um perfil já voltado à liderança desde os tempos de jogador, a transição para o comando técnico foi natural. Ancelotti trocou chuteiras por pranchetas e deu início a uma das carreiras mais respeitadas da história do futebol, que agora chega à Seleção Brasileira com grande expectativa.

Texto de Elias Felippe