'Clássico é diferente', afirma Matheus Nogueira, goleiro do Paysandu antes da final contra Remo
Goleiro reconhece fase difícil do Papão na Série B, e aposta no Re-Pa como ponto de virada para recuperar confiança e o apoio do torcedor.
Publicado em 5 de maio de 2025 às 16:24
Em semana decisiva para o futebol paraense, o goleiro Matheus Nogueira foi o entrevistado desta segunda-feira (05), na sala de imprensa do Estádio Banpará Curuzu. Às vésperas dos dois clássicos Re-Pa que decidirão o Campeonato Paraense de 2025, o camisa 12 bicolor falou sobre a expectativa para os confrontos com o maior rival e não escondeu a frustração com o momento vivido na Série B do Brasileiro, onde o Paysandu amarga uma sequência de nove jogos sem vitória.
“Clássico é diferente. Desde que cheguei aqui, a gente tem uma invencibilidade em Re-Pa, e agora é focar nesses dois jogos para manter isso e sair campeão”, destacou Matheus, que já viveu decisão importante pelo Papão.
Sobre o empate contra o Volta Redonda, com gol sofrido nos minutos finais, o goleiro revelou o sentimento do elenco. “É frustrante. A gente segurou o resultado até o fim e tomar aquele gol foi doído. O torcedor já está sem paciência, e a gente entende. Estamos há um mês sem vencer e sabemos da responsabilidade”, admitiu.
A maratona de jogos também foi apontada como um fator que tem dificultado o desempenho. O Paysandu tem enfrentado uma sequência intensa de partidas a cada três ou quatro dias, com viagens e pouco tempo para treinar. “É o preço de estar vivo em todas as competições. O ponto fora da curva é a Série B, onde não estamos satisfeitos. Mas temos títulos recentes e estamos na final do Parazão. Agora é trabalhar e ter cabeça forte”, afirmou.
“Se tem alguém que quer sair dessa situação, somos nós. É a nossa cara que está ali, é o nosso trabalho, é a instituição que a gente está defendendo”, disse Matheus, ao reforçar o compromisso do elenco com a reação do clube na temporada.
Mesmo com a má fase na Série B, onde o time está na zona de rebaixamento —, Matheus acredita que o Re-Pa pode representar uma virada de chave para o grupo. “Quando cheguei aqui, estávamos numa situação até pior. Foi um clássico que nos deu confiança para virar. Clássico é na vontade, e temos tudo para vencer, levantar esse título e retomar o caminho das vitórias”, completou.
O primeiro Re-Pa da final será nesta quarta-feira (07), com o jogo de volta no domingo (11). O Paysandu busca o 50º título estadual de sua história, e a conquista pode ser o combustível necessário para reencontrar a boa fase também na Série B.
