Corinthians imita Paysandu e também é punido pela FIFA com transfer ban

O Corinthians vive mais um capítulo turbulento nos bastidores e agora está proibido de registrar novos jogadores. A Fifa confirmou nesta terça-feira (12) a aplicação de um "transfer ban" ao clube paulista, motivado por uma dívida de US$ 6,145 milhões (cerca de R$ 33,47 milhões) com o Santos Laguna, do México. O valor é referente à compra do zagueiro equatoriano Félix Torres, realizada no início de 2024.

Para se ver livre da punição, o Timão precisa quitar integralmente o débito ou chegar a um acordo com a equipe mexicana. Caso contrário, ficará impossibilitado de inscrever reforços por até três janelas de transferências — a atual e mais duas subsequentes. A diretoria alvinegra vinha tentando um acerto nos últimos dias, ciente de que o risco de punição aumentou após decisão desfavorável no CAS (Corte Arbitral do Esporte), que manteve a sentença dada pela Fifa.

Essa não é a única pendência jurídica que ameaça a equipe. Dois outros processos em andamento no CAS, envolvendo as negociações de Rodrigo Garro e a rescisão contratual de Matías Rojas, podem gerar novas sanções. Somadas, essas disputas chegam a mais de R$ 65 milhões. Além disso, ainda há um caso com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, pela contratação de Maycon, avaliado em cerca de R$ 6,3 milhões, cujo julgamento deve demorar mais para ser concluído.

Prevendo o bloqueio nas inscrições, o Corinthians acelerou as últimas contratações antes da sanção entrar em vigor. Na segunda-feira, anunciou o atacante Vitinho, de 31 anos, segundo reforço do ano. Anteriormente, havia fechado com o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri. A pressa para reforçar o elenco reflete a incerteza sobre quando o clube poderá voltar ao mercado.

O caso que originou a punição começou em janeiro do ano passado, quando Félix Torres foi adquirido por US$ 6,5 milhões. O Corinthians pagou apenas a entrada de US$ 2 milhões, deixando de cumprir as cinco parcelas restantes. A inadimplência levou o Santos Laguna a acionar a Fifa, que decidiu a favor dos mexicanos. Desde então, o defensor participou de 77 partidas pelo clube, mas perdeu espaço e hoje é opção no banco de reservas.