Corinthians sofre punição da FIFA e fica proibido de registrar novos reforços; entenda

Na tarde desta terça-feira (12), a FIFA oficiaçizou a aplicação de um transfer ban contra o Corinthians, em razão de uma dívida de US$ 6,145 milhões (aproximadamente R$ 33,47 milhões, pela cotação atual) com o Santos Laguna, do México, pela compra do zagueiro Félix Torres.

Para reverter a situação e retomar a possibilidade de registrar novos jogadores, o clube paulista precisa liquidar esse valor ou negociar um acordo extrajudicial com o time mexicano. Sem isso, estará suspenso da janela de transferências atual e de mais duas subsequentes.

O histórico do atraso

A contratação de Félix Torres foi feita em janeiro de 2024, por US$ 6,5 milhões. O Corinthians honrou apenas o pagamento inicial de US$ 2 milhões. As cinco parcelas seguintes, com vencimento a partir de maio de 2024, ficaram pendentes e motivaram o acionamento da Fifa pelo clube mexicano.

Mesmo após recurso junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS), a decisão foi mantida — e o Corinthians teve até segunda-feira, 11 de agosto, para cumprir o pagamento  . Como isso não ocorreu, o risco virou realidade.

Um clube pressionado por todas as frentes

A complicação não para por aí. O Corinthians ainda enfrenta duas outras disputas no CAS, relacionadas às contratações de Rodrigo Garro e à rescisão de Matías Rojas, que podem gerar novas sanções.

Com o entalo financeiro, o clube tenta desesperadamente levantar recursos por fontes como o repasse da Liga Forte União (R$ 57 milhões) ou o recebimento de luvas da Nike (R$ 50 milhões). Paralelamente, a diretoria busca negociar um parcelamento com o Santos Laguna.

Um reforço no limite do tempo

Ciente da iminente punição, o Corinthians agilizou a contratação do atacante Vitinho, anunciada na segunda-feira, garantindo a assinatura e publicação do contrato na CBF antes de o ban entrar em vigor. Esse reforço se soma ao lateral Fabrizio Angileri, já contratado no início da temporada.