Federação Paraense de Breaking é lançada em Belém

A menos de dois anos das Olímpiadas da França, onde o breaking promete ser a grande sensação entre as competições, o Pará faz o lançamento considerado histórico da instituição oficialmente representativa no Estado da nova modalidade olímpica. Na última sexta-feira, 14, foi lançada em Belém a Federação Paraense de...

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 04:59

A menos de dois anos das Olímpiadas da França, onde o breaking promete ser a grande sensação entre as competições, o Pará faz o lançamento considerado histórico da instituição oficialmente representativa no Estado da nova modalidade olímpica.

Na última sexta-feira, 14, foi lançada em Belém a Federação Paraense de Breaking (FPAB) com um plano de ações montado com o propósito estatutário de transformar realidades sociais pelo esporte, cultura e educação, além de valorizar a cultura hip hop por meio de um de seus principais elementos, a envolvente dança de rua conhecida como breaking.

De forma mais ampla, o foco da entidade é contribuir na descoberta de talentos em todo o Estado e viabilizar a infraestrutura necessária para a preparação de atletas em competições nacionais e internacionais de alto rendimento, sendo o ponto alto os Jogos Olímpicos.

Com apoio de entidades parceiras, a FPAB foi lançada na Loja Ná Figueiredo, no bairro de Nazaré, na capital. Na ampla programação festiva, foram apresentados os treze integrantes da diretoria da entidade e anunciado o planejamento inicial. O evento ocorreu em dois ambientes e incluiu a realização de 'cypher' – a exibição de breaking com 'b-boys' e 'b-girls', como são denominados os praticantes – embalada por DJs, além de pocket show com rappers, grafites e freestyle entre MCs.

Presente na ocasião, a professora doutora Mariana Marques Kellermann, da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA) é estudiosa do hip hop há cerca de dois anos. 'É uma grande alegria como professora estar aprendendo sobre a linguagem da dança e que as escolas querem geralmente falar disso', afirmou ela, que gravou vídeos e fez fotos. 'Os jovens que estão nas escolas querem falar de hip hop, e os professores vão começar a ter, assim como eu e outros que já estão nessa luta, a apoiar a linguagem, que é política, social, penetrando nas comunidades, entendendo o que elas estão precisando', observou.

De acordo com o presidente da FPAB, Ivan Oeiras Pires, que é produtor cultural reconhecido por organizar eventos do movimento hip hop e do breaking no Estado, a atuação institucional já começa a próxima semana com reuniões na Secretaria de Estado e Lazer (Seel), a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) de Belém e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Entre os temas com representantes das pastas estão a inclusão do breaking nos Jogos Estudantis Paraenses (JEPs) e o plano pedagógico de ensino.

A Federação planeja iniciar de imediato um projeto-piloto de oficinas e projeta conduzir conferências estaduais em 2023 com o tema 'Plano Estratégico de Implementação do Breaking nos Municípios e 'Cursos Voltados para Profissionais do Breaking'.

O objetivo é debater e definir questões estratégicas relacionadas ao desenvolvimento do breaking como esporte. Participarão representantes das crews (como são chamados os grupos da modalidade), de projetos sociais, do Sistema S, acadêmicos, grupos de atividades físicas, entidades do paradesporto, universidades, escolas públicas, particulares e público em geral.