Flávio Garcia vê entrega do Remo, mas lamenta empate no fim: ‘a gente sabia que seria difícil’

A derrota com gosto amargo diante do Athletico Paranaense , neste sábado (14), foi analisada com franqueza pelo técnico interino do Clube do Remo, Flávio Garcia. Após o 2 a 1 fora de casa, o comandante azulino destacou o bom início da equipe, mas apontou que a perda de jogadores por lesão e erros de execução mudaram o rumo da partida. “Faltou fazer a bola circular”, disse em entrevista à Remo TV, ao avaliar a queda de rendimento do time após o gol marcado logo aos 50 segundos.

Segundo Flávio, o início promissor foi resultado de um lance ensaiado ao longo da semana, com base no estudo do adversário. “A gente sabia o que o Atlético faria na saída de bola. Aproveitamos e marcamos cedo. Mas, naturalmente, eles vieram pra cima. Cometemos erros coletivos que deram espaço demais, principalmente na movimentação defensiva.”

Saídas por lesão mudaram o rumo da partida

O técnico interino explicou que precisou fazer quatro substituições por conta de lesões: Klaus, Caio, Régis e Marcelo. “O Régis, por exemplo, estava conseguindo controlar o meio, flutuar bem entre as linhas. Quando saiu, perdemos essa posse mais qualificada. E aí, contra um time técnico como o Atlético, você sofre.”

Mesmo com os desfalques, Flávio acredita que o time conseguiu competir em boa parte do jogo e teve chances para matar a partida. “Tivemos transições claras com Davó, Janderson e Pedro Rocha. Se uma entra, talvez fosse outro resultado. Mas, como no futebol nem sempre se colhe o que se planta, levamos o empate no fim mesmo com superioridade na área.”

“Coragem não faltou”

Em resposta a questionamentos sobre uma possível postura recuada, Garcia foi direto: “Coragem não faltou em nenhum momento. O que faltou foi paciência e melhor circulação da bola. Estávamos tentando forçar muito o passe, e isso deu campo para o Atlético crescer.”

Agora, o Remo volta as atenções para o clássico contra o Paysandu, no próximo sábado (21), no Mangueirão. Para Flávio, é hora de levantar a cabeça e ajustar o que for necessário. “Sabíamos que seria difícil jogar aqui. A entrega dos jogadores foi exemplar. Agora é foco total no clássico. É o jogo que todo mundo quer jogar, e vamos chegar fortes.”