Publicado em 11 de julho de 2025 às 07:58
Apesar da derrota por 2 a 0 para o Chelsea, na última terça-feira (8), no MetLife Stadium, o Fluminense encerrou sua participação na Copa do Mundo de Clubes com um feito financeiro expressivo: uma premiação total estimada em R$ 331,12 milhões, na cotação atual. Desse montante, R$ 104,56 milhões já foram pagos, referentes à participação e à fase de grupos. A segunda parcela, de R$ 226,56 milhões, ainda será repassada pela FIFA, mas há incertezas sobre o valor que o clube carioca de fato receberá.>
Boa parte desse valor poderá ficar retida nos Estados Unidos por conta de taxações locais, custos operacionais e questões fiscais. O montante é o maior já obtido pelo clube em uma única temporada, superando os R$ 194 milhões recebidos em premiações ao longo de 2023.>
O clube ainda não sabe quanto será taxado. A estimativa é que as retenções variem entre 30% e 35%. Para lidar com a situação, o Tricolor aderiu ao modelo ECI (Effectively Connected Income), que permite ser tributado como uma empresa americana. Neste modelo, não há tributação na fonte, mas sim sobre o lucro da operação — ou seja, a diferença entre o valor recebido e os gastos com voos, hospedagens, alimentação, salários e outras despesas em solo americano.>
Além do imposto federal de 21% sobre o lucro, pode haver taxação estadual e uma taxa de 30% sobre o valor líquido após os tributos — equiparada à distribuição de dividendos. Diante do cenário, o Fluminense contratou um escritório de advocacia norte-americano para tentar reduzir a carga tributária. A estratégia jurídica visa defender que os impostos incidam apenas sobre a parte relativa à participação e fase de grupos — os R$ 104,56 milhões já recebidos — excluindo os valores referentes às fases eliminatórias, que, segundo o clube, não deveriam ser considerados como receita gerada nos EUA.>
A expectativa é que os R$ 226,56 milhões restantes sejam pagos entre 30 de setembro e 8 de outubro, quando o clube não estará mais nos Estados Unidos, o que também pode impactar na forma de tributação. O valor líquido final que entrará nos cofres do Fluminense só será conhecido após a definição do modelo de taxação e da base sobre a qual os tributos serão aplicados.>