Publicado em 23 de setembro de 2025 às 23:30
A pressão aumentou ainda mais sobre o Paysandu após a derrota por 1 a 0 para o Novorizontino, nesta terça-feira (23), na Curuzu. Com o time afundado na lanterna da Série B e agora com 11 jogos sem vencer, o técnico Márcio Fernandes usou a entrevista coletiva pós-jogo para defender seus jogadores, criticar os efeitos do VAR e destacar que, apesar dos resultados, a equipe tem apresentado evolução em campo.>
Perguntado sobre o clima no vestiário e a demora para conceder entrevista, o treinador explicou que o elenco está abatido. “Os jogadores estão sentindo também. Às vezes, por não ter jogado bem ou não ter feito o melhor deles, que eles sabem... podem sentir”, comentou.>
Críticas ao VAR e frustração acumulada>
Márcio Fernandes voltou a tocar no ponto que tem sido recorrente nas últimas rodadas: a interferência do árbitro de vídeo. O Paysandu teve um gol anulado no segundo tempo, após revisão que apontou impedimento. Para o treinador, a tecnologia, embora necessária, tem alterado o rumo de partidas em que o Papão vinha jogando melhor.>
“Fizemos um segundo tempo muito bom, merecíamos ganhar o jogo. Tanto é que o Anderson (técnico do Novorizontino) falou: ‘Não sei nem como a gente ganhou, mas conseguimos’. O Mancini, do Goiás, falou a mesma coisa. Você imagina se a gente tivesse conseguido... Antigamente, não tinha VAR. É claro que isso é para o bem do futebol, mas talvez, se não tivesse, a gente estaria com seis pontos a mais.”>
O treinador também relembrou outros lances recentes em que decisões do VAR foram decisivas contra o Paysandu. “Deu um pênalti, aí não foi pênalti. Deu um gol, aí depois não foi gol. É um momento muito delicado”, afirmou.>
Situação crítica na tabela>
Com a derrota, o Paysandu segue com apenas 22 pontos em 28 rodadas e ocupa a última colocação da Série B. O risco de rebaixamento chegou a quase 97%, segundo levantamento do ge.globo. O time está oito pontos atrás do primeiro clube fora da zona da degola e precisa de uma campanha quase perfeita nas últimas 10 rodadas para evitar a queda.>
“É com eles que vamos ter que sair”>
Apesar do cenário dramático, Márcio tenta manter o grupo unido e alerta para a importância da força mental. “Vamos tentar resgatar isso aí, porque é com eles que a gente vai ter que sair. Não dá pra pensar em outras coisas agora. Temos que ter força mental para que as coisas possam mudar.”>
Ele finalizou com uma frase de esperança:>
“Eu tenho um dilema: não tem mal que nunca acabe, nem que perdure sempre. Então, eu acho que uma hora tem que acabar. Nós estamos jogando bem.”>